Prova do TCU
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Prova do TCU


Anteontem, domingo, fui um dos concurseiros que fizeram a prova para o cargo de Técnico de Controle Externo do Tribunal de Contas da União (TCU). Estou escrevendo esse artigo a pedido do Charles para contar para vocês como foi a prova.

Começo confessando que somente me inscrevi nesse concurso porque a banca era a CESPE. Nem vinha pensando em prestar prova para esse órgão federal e não teria dado maior atenção ao certame se a banca escolhida tivesse sido a ESAF. Como foi a CESPE, que considero um pouco mais tranqüila que a ESAF, comprei a briga.

O programa para o cargo não era muito extenso e estudei 80% do tempo os tópicos específicos, como sobre as funções do TCU, sua Lei Orgânica e Regimento Interno, noções de SIAFI, GRU e tal. Apesar de não serem esses tópicos o supra-sumo da complexidade, eram cheios de detalhezinhos e o estudo necessitava ser feito com calma e atenção. O que mais me incomodou foi a dificuldade em conseguir material de estudo para metade deles. Não quis apelar para apostilas de qualidade duvidosa, então parti para o boa pesquisa usando o Google. Com paciência e pesquisa direcionada, consegui em sites do governo um bom material de estudo. Também estudei por um curso de Controle Externo específico para o certame lançado pelo Ponto dos Concursos, o que foi um ótimo investimento.

Sou um cara reclamão quando as bancas me mandam fazer prova em lugares fora de mão. Geralmente opto por fazer prova em São Paulo, já que moro aqui, mas fico puto quando vejo que meu local de prova é num lugar inconveniente de chegar. Dessa vez a CESPE fez bonito e me mandou para uma faculdade particular pertinho do bairro da Liberdade, que além de ter sido facílimo de chegar (fica a 15 minutos de minha casa), também me permitiu um delicioso almoço na tradicional feirinha do bairro que acontece aos domingos (que recomendo para quer for fazer prova em Sampa e tiver um tempinho).

A prova em si não estava bolinho não, meus amigos. Foram 100 questões objetivas no melhor estilo “mata-mata do CESPE), duas questões objetivas (abertas) e uma “peça técnica” (leia-se redação). Nas questões objetivas a banca cobriu todo o edital, caiu de tudo um pouco. Notei foi uma quantidade grande de questões relacionadas com a Lei 8.666/93. Amarguei um pouco as questões de contabilidade, matéria que ainda não domino muito bem. As questões foram bem formuladas, obrigando os candidatos a tomarem muito cuidado para não caírem em pegadinhas bem filhas da puta, daquelas que ficam bem escondidas e prontas para pegarem os candidatos menos atenciosos. O que me deu mais trabalho foram as questões subjetivas, não por conta do que perguntavam, algo que graças a Deus sabia responder muito bem por se tratarem de competências do TCU e licitações, mas porque o espaço para responder era curto (dez linhas para as duas questões e trinta para a peça técnica), ainda mais para esse concurseiro aqui que escreve demais e tem letra grande. Foi uma verdadeira maratona escrever tanto com letra pequena e bonitinha, coisa de deixar o braço doendo.

Na minha sala pouco mais de um terço dos candidatos não apareceram para prestar prova e dos que ficaram, menos da metade foram embora sem levar o caderno de prova. Pelo que andei lendo em alguns fóruns desse concurso, o número de faltosos foi mais acentuado em outras capitais. Dessa vez me chamou a atenção a civilidade dos candidatos que estavam na minha sala. Não houve barulheira, gente tossindo, comilanças estranhas (exceto um cara que levou duas garrafinhas de suco de goiaba!).

Resumo da ópera – Considero essa prova do TCU a melhor entre as que fiz esse ano. Uma prova justa, de ótimo nível, bem preparada, bem organizada. Estou confiante de que irei bem o suficiente para que minhas questões objetivas sejam corrigidas. Se elas forem mesmo corrigidas, daí terei esperança de estar brigando seriamente por uma das vagas oferecidas, até lá prefiro não criar expectativas.

El Bigodón, o concurseiro que detesta que o mandem fazer prova de concurso em lugar longe de casa e difícil de chegar.

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