Concurso MMA 2008 - Uma caixinha de surpresas
Concursos Públicos

Concurso MMA 2008 - Uma caixinha de surpresas


Nesse domingo prestei prova para o concurso do Ministério do Meio Ambiente, cargo de Analista Ambiental na área de concentração I: Administração e Planejamento em Meio Ambiente.

Esse concurso não teve muita repercussão, principalmente por conta dos cargos serem para Brasília e a remuneração oferecida relativamente baixa para a cidade, em torno de R$3.700,00, além, claro, de metade da matéria prevista no edital ser de Direito Ambiental, algo muito específico.

O preparo

A primeira coisa que fiz antes de planejar os estudos para esse concurso foi conseguir a prova do concurso anterior para o mesmo cargo, realizada em 2005 e faze-la, pois assim poderia ter uma boa idéia do que foi mais cobrado e como foi cobrado então. Não foi surpresa verificar que sem estudar muito bem os tópicos de Direito Ambiental, não teria como fazer uma boa prova.

Como já venho estudando há algum tempo para concursos públicos, montei uma estratégia de estudo privilegiando os tópicos de Direito Ambiental, entremeada com revisões das demais matérias do edital, que já havia estudado antes para outros concursos. Essa era a estratégia mais lógica, não há dúvidas, e eu a segui a risca.

Na sexta-feira da semana passada, antes de partir em viagem para a Capital Federal para prestar a prova, finalmente terminei de estudar e revisar tudo o que havia programado do modo como havia planejado. Saí de viagem tranqüilo, confiante de que estava bem preparado para esse concurso.

A prova

A prova foi preparada pela CESPE, a banca do famoso “mata-mata”, ou seja, cada erro anula um acerto. Eram cento e vinte questões e uma redação de trinta linhas.

A primeira coisa que olhei quando abri o caderno de prova foi o tema da redação. Para esse concurso, em diversos fórums, as apostas eram todas para assuntos relativos ao meio ambiente (aquecimento global, biocombustíveis, ...). Todo mundo perdeu o que apostou, pois o assunto era nada mais, nada menos que “formas de ingresso na carreira pública” + “princípios fundamentais da administração pública”, ou seja, os famosos concursados/comissionados e LIMPE (legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência). Surpresa para todos, desespero para muita gente. Quanto a mim, fiquei tranqüilo, já que o assunto é velho conhecido.

Português e atualidades estavam misturados nas mesmas questões e foram cobrados de maneira tranqüila, assim como informática. Raciocínio lógico assustava a primeira vista, mas com um pouco de paciência via-se que não estava assim tão difícil. Somente me ferrei em três questões de análise combinatória, tópico pelo qual tinha somente passado os olhos. Essas foram as matérias básicas.

Nas questões relativas às matérias específicas, esperava uma enxurrada de questões de Direito Ambiental, afinal de contas, era metade dos tópicos constantes do edital e assim foi cobrado na prova de 2005. Surpresa, o número de questões desse tema foi mínimo, assim como as questões sobre administração, direitos constitucional e administrativo e agentes públicos. A maioria das questões foi sobre os tópicos de contabilidade e finanças públicas, orçamento público, administração financeira e orçamentária e planejamento. Aí o bicho pegou. Havia muitas questões complicadinhas de ler, de entender, de interpretar. A cobrança dessas matérias teve a profundidade de uma prova para a área fiscal, onde são de suma importância. Tenho certeza de que tive um bom desempenho nessas questões, mas não tão bom quanto gostaria para ficar tranqüilo.

Faltosos e desistentes

Chamou-me a atenção que na minha sala, de vinte candidatos seis não apareceram para fazer a prova. Ao final de duas horas de prova, havia somente seis candidatos ainda fazendo prova, o restante já tinha ido embora, a maioria desistente, tenho certeza.

Outros candidatos relataram números de faltas e desistências semelhantes ou até mesmo maiores nas salas onde fizeram as provas, o que por um lado pode ser uma boa notícia para quem estudou com seriedade para esse concurso.

Resumo da ópera – Está cada vez mais claro e comprovado de que os concursos públicos se tornaram uma caixinha de surpresas. Não se pode mais ter como base provas anteriores de concursos, principalmente se tiverem mais de um ano, como base para estudo, pois a cobrança tem se tornado muito mais puxada e rigorosa, com certeza em resposta ao aumento expressivo do número de candidatos. Se antes era possível ter uma boa idéia do que estudar mais ou menos tendo como base concursos anteriores para o mesmo cargo, hoje isso já não é mais possível, é preciso, isso, sim, estudar todas as matérias muito bem, pois qualquer uma pode ser a espinha de peixe que engasgará e matará asfixiados muitos candidatos.

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EXPLICAÇÃO - Ontem não teve artigo por um simples motivo, cheguei de Brasília em casa por volta do meio-dia e por conta do cansaço dormi a tarde inteira. Nada mais que o merecido "descanso do guerreiro". Não tive mesmo ânimo ou cabeça para escrever algum artigo ontem. Mas o cansaço já passou e voltamos a nossa programação normal.



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