Então depois de muitas frustrações na iniciativa privada, resolvi encarar a guerra dos concursos públicos. Para me dedicar por completo, ”apertei o botão de pausa” na minha carreira de professora e tradutora para fazer de concurseira minha profissão. No primeiro concurso prestado fui muito bem, sem nenhuma modéstia, considerando meu pouco tempo de preparação e alto nível de dificuldade da prova, mas fiquei fora da lista de aprovados. Porém devo dizer que estou animadíssima para os próximos concursos. É claro que sempre bate a angústia e o desânimo de ter de aturar a pressão da família, dos amigos, ficar dando explicações, olhar para pilha de livros e impressos_tão grande que deixaria qualquer ativista ambiental de cabelos em pé_... ufa! ... ver que seu nome não está na lista dos aprovados e então lembrar de todo esforço e grana gastos é realmente frustrante. A maneira que encontrei de me motivar foi fazer um grande balanço, rever minhas estratégias e ter a certeza de que, no próximo concurso, mesmo se não conseguir novamente alcança a vitória, terei errado muito melhor. Listei o que para mim foi mais produtivo e também o que deu de mais errado, e quero dividir isso com vocês na forma de dicas totalmente despretensiosas.
Deu errado - Forçar-me a aprender por um método ao qual não me adaptei, mas que forcei a barra tentando usar. Procure o método adequado PARA VOCÊ. Essa dica é muito óbvia, já estou vendo a cara do pessoal a lendo e resmungando “putz, mas já li isso um zilhão de vezes”. Calma. Fiz questão de colocar essa questão porque muitas vezes, no afã de compreender e memorizar todo o conteúdo em tempo recorde, acabamos fazendo bobagem. Vou contar minha experiência pessoal. Logo no começo de minha preparação, buscando material, selecionando os melhores textos para imprimir, me familiarizando com os conceitos do Direito, achei que seria uma boa idéia ouvir aulas em MP3, bem como gravar alguns textos com minha própria voz. Passei a ouvi-los em casa, durante os exercícios na academia, no ônibus e em filas. Após dois ou três minutos de áudio minha mente já estava devaneando, mas forcei durante algum tempo, afinal, muita gente me dizia que era um ótimo método de aprendizagem. Pode ser excelente para muitos, mas para mim simplesmente não funcionou. Assim, procure descobrir o quanto antes com qual(is) método(s) você mais se identifica para evitar perda de tempo e frustração.
Deu certo - O que para mim fez a diferença ao estudar foi ler o mesmo livro ou texto no mínimo cinco vezes da seguinte maneira:
• A primeira leitura deve ser feita sem muito comprometimento, apenas para se familiarizar com o assunto.
• Na segunda leitura, faço anotações, sublinho as palavras cujo significado desconheço, destaco as passagens mais importantes.
• A terceira leitura é para buscar os significados, anotações complementares e, de preferência, buscar material de apoio. É fundamental que nessa etapa o conteúdo já esteja todo compreendido.
• A quarta leitura e as seguintes são para fixação da matéria.
Outra coisa que valeu a pena. Além dos tradicionais resumos que muitos concurseiros fazem, fiz também alguns especialmente para meu “tempo morto”, ou seja, para estudar em filas, quando estiver indo de um lugar para outro, na sala de espera do consultório do dentista, ... São tabelas com prazos, conceitos, detalhes que exigem a horrenda, porém inevitável, decoreba. Uso metade de uma folha A4, lanço mão de bastantes cores e coloco tudo bem espaçado, para facilitar a visualização. Também são úteis fichas vendidas em papelarias usadas para fichários de mesa, o importante é que seja fácil de levar para todos os lugares. Esses pequenos resumos me ajudaram muito!
Resumo da ópera - Confesso que estou gostando muito dessa fase de arregaçar as mangas e começar tudo de novo, nesse momento de repensar e refletir sobre minha luta concurseira. Por um lado, também sei que terei de enfrentar novamente todas as dificuldades e sentir o gosto amargo do “ainda não foi dessa vez”. Mas por outro, tenho muito mais bagagem e experiência. Claro que o ideal é ser aprovado e nomeado o quanto antes, mas para as horas de chateação fico com a sabedoria popular do ”saber não ocupa espaço”. Lembrem-se de que “é possível emagrecer sem passar fome” e que “dá pra passar em concurso público sem ficar neurótico” são as maiores balelas que nos contam! Recomeçar a estudar (que nunca é do zero, felizmente) pode ser a oportunidade perfeita para reavaliar suas estratégias, corrigir o que está errado e aperfeiçoar o certo.
Ana Luiza, 26 anos, é uma concurseira inveterada do Rio de Janeiro.
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