Recentemente li duas matérias bem interessantes de cunho econômico mas que, dada a matéria que versam, podem ser aplicadas à nossa vida de concurseiros sérios. Primeiramente, vamos analisar o conteúdo básico de cada matéria jornalística.
1° matéria: Analisa a ação anticíclica como forma de conter o aumento da crise econômica, que se consubstancia (de forma absurdamente básica já que não sou afeta à textos econômicos - daí ler a respeito para minimizar esse meu ponto fraco) como uma combinação de afrouxar a política tributária e aumentar os gastos públicos voltados para a infra-estrutura.2° matéria:
Versa sobre a nova frugalidade, como resposta do povo americano à crise econômica: uma tendência de consumo mais austero, voltado para a economia de cada dólar possível, com a mudança de comportamento nas relações de consumo. (Talvez uma nova tendência capitalisma com consumo consciente)Pois é. O Brasil adotou a tal da ação anticíclica ao que me consta, sobretudo ao modificar as alíquotas do IPI (por exemplo). Mas ao invés de investir em infra-estrutura (como, aliás, fez a China, diga-se), está aderindo a pacotes de auxílio à prefeituras municipais para que os prefeitos não sejam punidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (em face da gastança pré-crise).
De outro modo, a população norte-americana se adaptou à crise e aos reflexos na economia. Vejam, 35,4% deles deixaram de ir a lanchonetes de fast-food e 28% adotaram, como formas de lazer, atividades gratuitas.
Eu li as duas reportagens e fiquei intrigada.
Me preocupa que grande parte das pessoas não se preocupe com a adaptação que deve acompanhar os momentos de crise. Dizem que dentre os oito tipos de inteligência (que classificação mais inócua aliás!) a mais evidente nos dias de hoje é a inteligência emocional que se caracteriza, justamente, pela capacidade de adaptação de uma pessoa frente às mudanças que enfrenta.E não me refiro à adaptação econômica, mas às circunstâncias da vida, que irremediavelmente nos pegam de surpresa, e nesse ponto relaciono tais surpresas à nossa luta por uma vaga pública.
Qual seria a nossa postura, então, frente às adversidades do estudo? Algumas pessoas não dispõem de muito dinheiro para a compra de materiais, de apostilas, e eventualmente sequer podem fazer um cursinho preparatório. Outras não encontram a paz que necessitam para estudar tranquilas dentro de casa. Outras, ainda, trabalham o dia todo e têm que lutar contra o cansaço para persistir no sonho (como é o meu caso específico). As formas de dificuldade são inúmeras e certamente cada um de nós, concurseiros sérios, carrega um peso diferente consigo.
E então, o que fazer? Podemos aplicar essas teorias econômicas à nossa vida concurseira, oras! Vejamos:
AÇÃO ANTICÍCLICA: Por essa teoria diminui-se a incidência de impostos e se aplica em infra-estrutura (ocasionalmente o Brasil não têm investido em obras públicas, mas não cabe relatar isso aqui). Pois nós devemos diminuir ao máximo nossos obstáculos (controlar nossos sentimentos, nossa baixa motivação, diminuindo a taxa de estresse pré-prova e ainda encontrar saídas para a falta de dinheiro ou de tempo - por vezes de formas bastante criativas!) e aplicar na estrutura de estudo (adquirindo apostilas e livros - de boa qualidade, cursinhos virtuais ou reais, materiais diversos).
NOVA FRUGALIDADE: Tudo o que não poderá ser aproveitado em nossa vida acadêmica deve ser "economizado". Devo lembrar a cada instante, a exemplo do novo sistema de consumo norte-americano, que todos os prazes exagerados que eu renunciar conscientemente hoje, poderão ser multiplicados no futuro (me refiro a prazeres exagerados tendo em vista que o equilíbrio em nossa vida de estudo continua sendo essencial). Como se diz aqui no interior do Paraná (e imagino, em outros cantos do Brasil) "um passo para trás pode significar dois passos para frente em seguida".
RESUMO DA ÓPERA - É possível sim, com um pouco de esforço e determinação, tomar uma atitude que minimize nossas adversidades e aplicá-las (como vetores de força e motivação) em nossa vida acadêmica. Talvez seja preciso levar uma vida mais austera agora, com menos prazeres físicos ou mesmo economizando cada centavo para comprar os livros tão caros que precisamos ler para as provas (como também é o meu caso). Mas valerá a pena, tenham certeza!
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