Me chamaram de radical esses dias.
E antes que os caríssimos leitores pensem que a Paula pratica esportes de aventura, pula de prédios, faz rally ou surfa em tsunamis, dianto que não é nada disso, o que aconteceu é que me chamaram de radical com outro significado, como sinônimo de ser inflexível, de não mudar de opinião sobre certas coisas.
“
Radicalidade, radicalidade, radicalidade” (José Kentenich – filósofo)
Estudar não é fácil. Não me refiro à matéria, às modalidades de prova, às bancas examinadoras, mas sim a tudo aquilo que precisamos nos esforçar para superar por trás do estudo.
É difícil vencer a si mesmo, por exemplo, quem muitos dizem (com razão) ser nosso maior (e único, talvez) concorrente. É difícil manter uma vida equilibrada, harmoniosa, sem deixar de lado aspectos importantes da qualidade de vida por ocasião desse estudo.
É difícil refinar as adversidades, a exaustão, a ansiedade, e conviver com críticas diretas ou indiretas sobre a decisão que tomamos quanto a “apenas” estudar, ou “perder” tempo com a família, após um dia de trabalho, para ficar escondido em um canto da casa, estudando.
Para todas essas dificuldades eu, Paula, não vislumbro outra saída que não a da radicalidade.
A radicalidade na decisão em tomar a sério o propósito pessoal de estudar. A radicalidade para enfrentar com a cabeça erguida as duras críticas e as duríssimas quedas que temos pelo caminho. A radicalidade em seguir os próprios planos de estudo, sem colocar à sua frente desculpas, dramas familiares, histórias de vida. Não, nada disso pode nos impedir, por que sim, somos radicais naquilo que sonhamos.
Nesse ponto da minha vida, eu prefiro não ser uma “metamorfose ambulante”. Não vou mudar de opinião e eu não vou desistir. Simples, ponto final. Seria mais fácil fazer como todo mundo faz? Ou, seria menos difícil seguir outra vertente jurídica ou profissional? Talvez, mas pessoas radicais aceitam todas as conseqüências, incluindo as adversas.
Em alguns momentos eu gostaria muito de saber se todos aqueles que um dia questionaram minhas decisões são tão felizes com as próprias escolhas. Mas depois eu penso e re-penso e chego a conclusão de que nada disso vale a pena ou compensa o esforço. Não, não seremos completamente compreendidos. Não, não será fácil ver a idade avançando e ter a própria vida em “pause”. Mas, devemos otimizar nossa reação, e mantendo nossa integridade e princípios intactos, “ignorar” de certa maneira, tudo isso e seguir em frente.
Não tenham medo de serem radicais. De assumirem um posicionamento em relação aos concursos públicos e segui-los. Ainda que custe e que doa um pouco, não há dúvidas (e vemos isso através dos depoimentos daqueles que já foram aprovados – aqui no Blog) de que valerá a pena.
Resumo da ópera - Radicalidade, radicalidade, radicalidade. Eu me orgulho do que decidi. E você?
PAULA OLIVEIRA é concurseira por vocação.IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.
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