Concursos Públicos
Outra daquelas leis chatas que regem nossa vida
"A lei da utilidade marginal decrescente foi desenvolvida pelos autores que foram considerados “revolucionários” por darem um novo rumo a ciência econômica. Jevons, Walras e Menger. Esses três autores parecem ter desenvolvido independemente um dos outros, durante 1871-74, a lei fundamental da revolução marginalista, qual seja, a Lei da Utilidade Marginal. A idéia básica é a de que uma unidade adicional de um determinado bem acrescenta, na margem, um “bem-estar” cada vez menor." (in "Lu: cheguei num ponto de total desanimo, a ponto de desistir.. estou mto chateada pois nao consigo sair do lugar (em relação ao rendimento das provas), n consigo estudar direito (devido ao cansaço do trabalho)... nao sei se vou aguentar mais tempo!" A mensagem acima foi postada por uma leitor no shoutbox do blog. Um desabafo muito comum entre concurseiros com mais tempo de estudo.
O que tem uma coisa a ver com a outra? Pois bem, é o que chamo de "Lei do rendimento marginal concurseiro decrescente". Explico. Notei faz um bom tempo algo que não acontece somente comigo, mas com todos os concurseiros sérios. Quando começamos a estudar para concursos públicos, assim como o corredor sedento do exemplo lá do começo, aprendemos muito mais coisas muito mais rápido. E vamos aprendendo, aprendendo, aprendendo. No começo não notamos essa tendência descrescente no rendimento do aprendizado, afinal, temos coisas mais importante para nos preocupar. Só que com o tempo essa queda no rendimento se torna tão grande que chegamos ao ponte de parecer que estudamos, estudamos, estudamos, e mesmo assim não saímos do lugar, não melhoramos nossa classificação em concursos, nosso índice de acerto nas provas.
Até o momento notei que exisem duas fases no rendimento do concurseiro. A primeira vai do rendimento próximo de zero (quando começamos a estudar) até por volta dos 70% de acerto em provas. Essa fase é caracterizada pelo crescimento rápido e contínuo do rendimento, geralmente acontece nos primeiros 18 meses de estudo sério. A segunda fase vai dos 70% para diante, fase essa caracterizada pelo crescimento lento, doloroso, difícil do rendimento ... fase em que já estou a quase um ano e sei na pele como é complicada.
Claro que passar de uma fase de crescimento rápido e relativamente mais fácil para uma fase de crescimento lento e difícil choca. Quem quer passar da vida boa para a vida dura assim num estalo de dedos? Acredito que a maioria não quer. Só que essa passagem acontece independente de a querermos ou não. Na verdade devemos até ficar felizes quando ela acontece, pois é um dos melhores indicadores de que estamos evoluindo como concurseiros e isso significa que a vitória está muito mais próxima.
Porque motivo existem essas fases? Poderia escrever um livro sobre isso e ainda por cima cobriria apenas uma parte das possíveis explicações. De qualquer forma, o que realmente importa é que existem, que a passagem entre elas existem e que devemos aprender a lidar com essa sensação de "parece que não saio do lugar". Se não aprendermos e lidarmos com essa sensação rapidinho, nossos estudos serão afetados e, principalmente, nossa motivação para estudar.
Resumo da ópera - A vida do concurseiro é regida por sua próprias leis, regras e lógica. O que podemos fazer é aprender muito rápido a lidar com elas da melhor forma possível e continuar lutando apesar de tudo. É mesmo como em uma guerra em que apesar de feridos temos de continuar lutando por nossa vidas ... ou então tudo acabou.
Charles Dias é o Concurseiro Solitário.
IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.
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ATENÇÃO - Devido a problemas técnicos a resenha dessa semana juntamente com as regras da promoção "Eu PRECISO desses livros!" serão publicadas amanhã. Não perca.———«»———«»———«»———
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