Às vezes (na maioria das vezes pra falar a verdade), eu faço algum concurso e não dá certo. Eu me esforço, leio o mais que posso as matérias nos livros, nos meus resuminhos e faço exercícios. Não tem jeito. Nem sempre eu vou bem. Nem sempre eu consigo acertar a pontuação para ficar no cadastro de reserva. Não há nenhum demérito nisso, pois eu estou dando minha cara a tapa. Ademais, só consegue quem tenta. Se você não tentar, não saberá se pode um dia vir a conseguir passar.
Ocorre que, quando essas coisas acontecem, saímos derrotados das provas. Até o concurseiro mais motivado sai aborrecido, pois fez tanto esforço e abriu mão de tantas coisas a troco de nada. Bem, não é a troco de nada, pois toda prova é um aprendizado pra nós. Por outro lado, ninguém quer ficar vivendo só de aprender coisas, mas de detonar também, não é verdade?
Quando isso acontece, é muito normal que a gente fique se questionando: “onde foi que eu errei?” Tendemos a repassar tudo sem entender bem o que aconteceu. Às vezes, graças a Deus, é fácil identificar o equívoco; noutras, não conseguimos. Aí, começamos a colocar em cheque tudo de bom que já fizemos por nós mesmos.
Duvidamos do nosso próprio conhecimento, da nossa capacidade de absorção, de reflexão, de memorização, de raciocínio. Às vezes, o método de estudos estava errado e, em outras vezes, não estava.
Você deve estar pensando: ué? Então, por que não deu certo? Em alguns casos, é porque o método que você usa precisa de tempo para funcionar. Não podemos esquecer de que o estudo para concursos é projeto de longo prazo e que o conhecimento precisa ser agregado e sedimentado lentamente. Não de modo lento demais, mas em uma velocidade que não condiz exatamente com a nossa vontade de vencer logo.
Pois é...mas muitos de nós, em meio a esse turbilhão de emoções, não percebemos essas coisas. Não entendemos essas nuances do aprendizado e nos questionamos demais. Começamos a experimentar novos métodos de estudo. Se dizem pra nós que algo funciona, tratamos logo de querer fazer que esse algo funcione com a gente também. Quer um exemplo? Quando comecei a estudar, falavam que estudar por áudio era algo muito bom, que era uma maravilha. Eu tentei, pois não havia ido bem nos meus primeiros concursos, mas não teve jeito. Nem com reza brava eu consegui absorver conteúdo assim.
Aí, quando esse método também não funciona, a gente passa a duvidar mais ainda da nossa capacidade de aprender algo. Isso é um grande erro! A gente está sempre aprendendo, principalmente quando percebemos que temos dúvidas. Então, nem sempre ir mal em provas significa que você não está assimilando informação nos seus estudos. Por isso, não há necessidade de mudar radicalmente nossos métodos de aprendizado toda vez que tomarmos bomba em um concurso. Afinal, a bomba pode acontecer por muitas outras razões que não estão relacionadas ao modo de estudar.
RESUMO DA ÓPERA – Conheça a si mesmo(a), seja flexível para conhecer novos métodos de estudos, mas só os aceite se esses não lhe engessarem. Se forem ajudá-lo(a), dê-lhe boas vindas. Se, contudo, seu método antigo se revelava melhor, dê tempo para que esse te ajude a brilhar nos concursos.
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