O verdadeiro dia do trabalho

Ontem foi Dia 1º de maio - Dia do Trabalho.

Dia em que relembramos fatos e atos que pugnaram por maior respeito à massa trabalhadora espoliada em determinado contexto histórico e político.

Fatos e atos heroicos, diga-se de passagem.

Não obstante meu respeito à essas passagens históricas e, levando em consideração à necessidade de consciência educacional e contextual de todos nós, nunca entendi porque o Dia do Trabalho é celebrado como o dia do "não-trabalho".

Como se o "negócio" (etimologicamente a negação do ócio = neg/ócio) - que em uma perspectiva capitalista exprime, mesmo que de forma grosseira, nossa atual concepção de Trabalho - nos trouxesse - sempre - mazelas e desprestígios.

Eu prefiro entender o Dia do Trabalho, sempre, como uma celebração do próprio Trabalho, enquanto instrumento prático e objetivo que detemos, dentro das nossas possibilidades e, mais uma vez, contextualizando a espoliação constante de todos os níveis laborais de uma sociedade capitalista, para nos desenvolver pessoalmente e melhorar a sociedade em que vivemos.

Mas não é sobre isso que eu gostaria de tratar.

E estudar para Concursos Públicos é, realmente, um Trabalho louvável e digno de respeito, não é mesmo?

Mesmo que por vezes o estudo para Concursos Públicos seja confundido com desemprego e escape para o "verdadeiro" trabalho - por desavisados pela idiocracia (Democracia da Idiotice) que os cerca, estudar é sim atividade laborativa que nos circunda e que mesmo quando empossados, deverá continuar nos circundar.

Porque?

Ora, porque estudar é bom. É desenvolvimento intelectual, mas que perpassa o desenvolvimento humano.

Como todo trabalho pode ser bom, quando bem idealizado e praticado.

E é instrumento (vocacional ou financeiro) para a realização dos meus sonhos. Quaisquer que sejam.

E para o concurseiro sério todo novo dia é Dia de celebrar o trabalho que atualmente realizamos, qual seja, estudar para Concursos Públicos.

E trabalhar bem.

Estudando bem.

RESUMO DA ÓPERA - E eu pergunto - Como você, caríssimo leitor, quer iniciar sua semana de estudos? Reclamando porque o Dia do Trabalho (ou do não-trabalho) caiu em um domingo ou se organizando e, mais importante, se conscientizando do trabalho dignificante que exerce - imediatamente para você mesmo e mediatamente para toda a sociedade?

ANA PAULA DE OLIVEIRA MAZONI é concurseira por vocação.

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