O INSTITUCIONALISMO E OS CONCURSOS PÚBLICOS
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O INSTITUCIONALISMO E OS CONCURSOS PÚBLICOS


Douglas North, economista e criador da Teoria do Institucionalismo para fins de desenvolvimento, preceituava que a mudança das formas institucionais poderiam favorecer a ideias desenvolvimentistas se, e somente se, acompanhadas de mudança de posturas pessoais.

Para ele, uma maneira plausível de viabilizar o Desenvolvimento de determinada sociedade é fortalecer suas instituições e valorá-las, sem perder sua eficácia prática. Exemplo prático – para aumentar a eficiência (que é apenas um dos variados fatores que podem medir o desenvolvimento), determinado órgão público decide modificar os critérios de aferição de desempenho do estágio probatório, estabelecendo posturas esperadas do servidor público como respeito à carga horária, urbanidade, asseio, pontualidade, entre outros.

Fantástico. Mas, nada disso valerá absolutamente nada – ao menos no que diz respeito particularmente ao conceito desenvolvimentista proposto pelo teórico citado - se o superior hierárquico da repartição pública, sem critério e meramente burocrático, aferir nota máxima a todos os servidores, ainda que alguns deles não mereçam.

Mas Ana Paula, eu achei que estava lendo um texto sobre concursos públicos! E está. Muitas vezes nos propostos a alterar nossas posturas pessoais para otimizar nossa preparação para concursos públicos. Isso é, evidentemente, ótimo, esperado e até estimulado.

Então o concurseiro muda sua vida. Altera todos os seus horários, muda sua rotina, sai da academia para ganhar mais tempo de estudo, termina com a namorada porque relacionamentos tomam tempo, deixa o trabalho e se propõe a estudar, no mínimo, 13 horas por dia.

E absolutamente nada muda no que diz respeito ao seu desenvolvimento enquanto concurseiro porque suas posturas pessoais não mudam a par de todas as alterações externas (institucionais) no que diz respeito aos seus horários e demais compromissos.

O que está errado então?

Toda mudança deve ser internaliza, sob pena de ineficácia. Ora, o exemplo que citei acima foi emblemática e alegórico, pois espero que esteja absolutamente claro a todos que a ausência de qualidade de vida, descanso, vida social e exercícios físicos, não é o caminho mais curto para a aprovação. No máximo até a casa de saúde mais próxima.

De qualquer modo, é imperioso que internalizemos certos conceitos em nossa vida e mudemos nossos hábitos de maneira cautelosa e temporalizada. Somente assim, efetivamente, encontraremos eco em nosso projeto de aprovação e nossas mudanças se tornarão mais do que palavras e decisões vazias de conteúdo e de aplicabilidade.

RESUMO DA ÓPERA - Por isso, caríssimos, vá com calma e procure realmente entender e se comprometer com aquilo que decide. Não altere de forma absoluta e radical sua rotina, pois do contrário jamais conseguirá cumprir aquilo a que se propôs. Somente dessa maneira o conceito de desenvolvimento (e aqui, me refiro ao seu desenvolvimento pessoal) poderá realmente existir, se manter, e se prolongar. Bons estudos!
ANA PAULA DE OLIVEIRA MAZONI é concurseira por vocação. 

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um(a) revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos. 

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