Como tive oportunidade de relatar e reclamar em um artigo anterior, para esse concurso do Ministério da Fazenda a escolha dos locais de prova por parte da ESAF foi desastroso, pelo menos em São Paulo. Numa cidade com tantas escolas públicas e faculdades próximas das estações de metrô, escolhas óbvias para concursos públicos, a banca preferiu usar escolas e faculdades distantes do metrô, em locais contramão para os concurseiros, muitos do interior do estado e mesmo de outros estados, dificultando a vida de todos.
Mas como é aquela história de que a nós, concurseiros que prestaram esse concurso, restou apenas a lamentação e a necessidade de nos viramos para encontrarmos e chegarmos ao local de prova que nos foi designado na hora correta.
Pois bem, descobrindo alguns dias antes da prova que meu local de prova era numa travessa da famosa Avenida Santo Amaro em São Paulo, num campi de uma universidade particular, apelei para o Santo Google, mas exatamente para o Google Maps, para descobrir onde era o tal lugar no mapa e como chegar lá. Depois fiz algumas consultas na Internet e, finalmente, descobri que o melhor seria ir até a estação Santa Cruz do metrô e lá pegar um ônibus que em 45 minutos mais ou menos me deixaria a um quarteirão do tal lugar. A volta seria igualmente fácil. Optei pelo esquema metrô + ônibus por ser mais tranqüilo, rápido e barato.
Como a região do local de prova não me era desconhecida, me atentei para o fato de que no local, especialmente num domingo, não é fácil encontrar locais onde poderia almoçar antes da prova. Além disso, com o fechamento dos portões marcado para às 13 horas, seria aconselhável almoçar leve entre às 11:00 e 11:30 de forma que não batesse sonolência durante a tarde.
Exatamente às 11:10 estava eu na Praça de Alimentação do Shopping Metrô Santa Cruz, um shopping anexo à estação de metrô de mesmo nome, almoçando um prato leve de carne e salada. Acostumado que estou a almoçar apenas depois do meio-dia, confesso que não foi muito agradável almoçar tão cedo, tive meio que comer empurrado, mas a necessidade de atenção durante à tarde sobrepujava qualquer outra coisa. Terminado o almoço, exatamente às 11:40 estava eu no ônibus em direção ao local de prova juntamente com pelo menos uma dúzia de outros candidatos que iram para o mesmo lugar.
Notei então que excetuando eu e uma menina, todos os outros não tinham tratado de almoçar no shopping e comentavam que teriam de procurar um restaurante por quilo ou uma lanchonete próxima do local de prova para comer algo rapidinho.
Chegando ao local, batata, não havia lanchonete, restaurante, padaria, nem mesmo carrinho de ambulante vendendo cachorro quente de qualidade duvidosa por perto. Niet, nadinha de nada.
“Tem um restaurante a uns três quarteirões daqui que talvez esteja aberto”, sentenciou um segurança da faculdade,
“Domingo por aqui é tudo fechado”.
Resultado, muita gente entrou na sala de prova reclamando de que teria de fazer prova sem almoçar, contando apenas com um chocolatinho e uma garrafinha de água que haviam trazido, alguns nem com isso. E, claro, que fazer prova com o estômago roçando não ajuda nem um pouco na concentração.
Resumo da ópera – Cuidado, gente, na hora de se programa em relação ao local de prova, como chegar lá, horários de prova, local para comer e tal. É melhor seguir o caminho seguro e comer antes mesmo sem muita fome, que fazer prova de estômago vazio como muita gente no meu local de prova fez!
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