Foi culpa da cadeira
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Foi culpa da cadeira


Semana passada estava conversando com uma amiga concurseira que já há algum tempo vinha reclamando de dores nas costas e que isso estava atrapalhando seus estudos. Conversa vai e conversa vem, ela acaba revelando que a cadeira de escritório que usa em sua escrivaninha para estudar tem “apenas” alguns anos de uso!

É muito interessante como muitos concurseiros se preocupam muito com algumas coisas e descuidam completamente de outras. Alguns se preocupam demais em estudar algumas matérias e não estudam outras. Outros se preocupam demais em ter o melhor material, mas não aproveitam totalmente o material que têm. Outros ainda se preocupam e estudar o máximo possível e deixam a saúde de lado. Isso não pode acontecer, claro. É necessário que haja um equilíbrio. Deve-se estudar todas as matérias na proporção de sua importância nas provas. Deve-se procurar, sim, ter o melhor material, mas ele deve ser estudado e não esquecido numa mesa ou estante. Devemos estudar com afinco e seriedade, mas concurseiro doente não passa no exame de saúde e concurseiro morto não toma posse!

Falando de saúde, é difícil encontrar um concurseiro que não reclame de dores nas costas. Compreensível, já que concurseiro fica o dia todo sentado debruçado sobre os livros. Só que todo mundo sabe, ou deveria saber, que dores nas costas podem ter causas congênitas (um desvio na coluna, por exemplo) ou causas posturais (má postura). Se a primeira causa demanda interferência de um médico ortopedista, a segunda é, geralmente, culpa dos concurseiros.

É mais ou menos como a posição de dirigir num automóvel. Vai tentar dirigir um automóvel que tenha o banco avançado ou recuado demais de forma que os pedais fiquem ou muito longe ou muito perto, ou que o danado esteja muito ou pouco inclinado. Claro que se a posição de dirigir é ruim, isso vai afetar o jeito do cara dirigir, ele vai dirigir mal. Se for para fazer uma longa viagem, lá pelas tantas será preciso parar num posto de gasolina para que o motorista seja retirado com a ajuda de uns pés de cabra, porque o cara estará todo estropiado.

Acontece a mesma coisa quando se estuda com uma cadeira ruim. Primeiro a cadeira precisa ser confortável, para não deixar a bunda do concurseiro quadrada (e esse processo de “quadradamento” da bunda é doloroso). Segundo, a cadeira precisa ter um ajuste de altura que permite encontrar a altura correta considerando a estatura do concurseiro e a altura da mesa. Terceiro, é preciso que a cadeira tenha um bom controle de inclinação, para que o concurseiro tenha sempre as costas apoiadas e não fique reto ou deitado demais.

Qual o problema dessa minha amiga concurseira? Simples, a cadeira dela, após anos de uso, já está toda torta, toda estropiada. Não importa se a aparência continua boa, o que importa é que os componentes internos já estão gastos e não dão mais conta do recado.

Investimos uma grana em livros, em inscrições de concursos, em cursinhos, em viagens e tal, mas achamos caro investir numa boa cadeira! Isso é um absurdo, gente. É na tal cadeira que você passará a maior parte das HBCE (horas de bunda na cadeira estudando) que o levarão à aprovação em concursos públicos!

Uma boa cadeira não é barata, como tudo que é bom em termos de concursos públicos. Mas considere sua compra não como gasto, mas como investimento. Basta pensar que investindo numa boa cadeira, você poderá estudar muito melhor por estar posicionado com mais conforto, não sofrerá com as malditas dores nas costas, que incomodam muito e atrapalham os estudos, além do lance da cadeira ser um símbolo, um lembrete de que você está estudando muito seriamente e que, por isso, investe nisso com seriedade.

Algumas dicas:

1 – Não caia na armadilha de comprar cadeira de estudo pelo preço. É a mesma coisa que comprar tênis falsificado em banquinha de camelô, você estará comprando dor de cabeça, decepção e muitas dores (no caso do tênis nos pés e da cadeira nas costas, ombros, braços, pernas ...).

2 – Prefira cadeiras com sistema de amortecimento/elevação a ar, são muito mais duráveis e confortáveis.

3 – Prefira cadeiras com encostos altos, chamadas de cadeiras de gerentes/diretores, pois elas apóiam muito melhor as costas e os ombros (igual a da imagem que abre esse artigo).

4 – Prefira cadeiras com rodinhas, para facilitar a movimentação e não arranhar todo o chão.

5 – Não compre cadeiras usadas, afinal de contas, você quer resolver um problema, não comprar um problema.

6 – Prefira cadeiras de cores escuras, pois sujam menos.

7 – Não permita que outras pessoas usem sua cadeira a não ser eventualmente, pois quanto mais pessoas usarem, mas rápido a cadeira ficará estropiada.

Resumo da ópera – É, concurseiros, temos de pensar em tudo, mas tudo mesmo que possa nos ajudar e nos atrapalhar em nossa luta na guerra dos concursos públicos. Vejam o exemplo dessa minha amiga, que vem sentindo dores nas costas faz meses, em como isso a tem atrapalhado, nas vezes que ela teve de deixar de estudar porque a dor era demais ou precisava ir ao médico fazer alguma consulta. Muitas vezes um investimento de R$200 ou R$300 em uma boa nova cadeira de estudo podem resolver tudo isso de uma tacada ... vale a pena ou não?

Charles Dias, o Concurseiro Solitário.

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PERGUNTA DO DIA

Você se preocupa com a cadeira que você usa para estudar? Já pensou em investir em uma boa cadeira que evite que você fique cansado ou com dores nas costas? Ou você insiste em usar aquela cadeira velha e toda estropiada?

Essa pergunta deve ser respondida em nossa comunidade no Orkut. Basta clicar no homenzinho ai em cima (você precisa estar conectado no Orkut em outra janela de navegador para ser levado à página de resposta).

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Clipe do Dia



M.I.A. é o nome artístico da inglesa descendente de asiáticos Mathangi Maya Arulpragasam e esse é seu novo sucesso, "Paper Planes".



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