Um dos grandes obstáculos ao estudo eficiente de um concurseiro é o uso de material de estudo inadequado para determinada matéria E para determinado nível de intimidade com a matéria em questão.
Explico com um exemplo prático.
Como disse num artigo semana passada, estou estudando Direito Tributário pela primeira vez, para o concurso do Ministério da Fazenda. Amada por alguns, odiada por muitos, essa matéria não se mostra mesmo muito amigável no primeiro contato.
Antes de começar a estudá-la, fiz minha costumeira pesquisa por bibliografia, procurando na Internet pela opinião de outros concurseiros quanto aos melhores autores e títulos. Esse, aliás, é um passo não somente muito importante, mas imprescindível, para um estudo eficiente, afinal de contas, não dá para começar a estudar sem saber qual o melhor material de estudo disponível e, principalmente, o mais adequado.
Pois bem, pesquisa feita o livro de Direito Tributário do Ricardo Alexandre surgiu como unanimidade como sendo o melhor para preparo para concursos públicos, não somente o livro.
Por uma feliz coincidência, um amigo tinha o tal livro do Ricardo Alexandre e como não o está usando, me emprestou. Putz, antes do final do primeiro capítulo já sabia que teria um osso duríssimo para roer. Notem que não duvido que a matéria seja relativamente simples depois de entendida, mas enquanto não é entendida, é pra lá de confusa.
Então um colega concurseira e leitora do blog, ao ler meu artigo sobre as dificuldades que estava enfrentando com a matéria que escrevi semana passada, enviou uma dica preciosa. Ela disse que era melhor começar a estudar a matéria pelo livro do João Marcelo Rocha, um livro introdutório, e só então passar para o Ricardo Alexandre.
Procuro daqui, procuro dali, e consigo o livro do tal João Marcelo Rocha, que começo a estudar hoje na esperança de que torne o Direito Tributário mais tranqüilo de ser decifrado e devidamente aprendido.
Sacaram a importância da pesquisa preliminar quanto ao material de estudo?! O que tem de concurseiros por aí que apesar de soarem a camisa e cozinharem os neurônios acabam tendo um desempenho apenas mediano nos concursos que prestam por culpa de estudarem com material inadequado não está no gibi. É muita gente que se frustra com as derrotas pensando bobagens do tipo “putz, eu sou muito burro” ou “eu mereço, não estudei direito”, quando, na verdade, a culpa é toda do material inadequado.
Uma das maravilhas da Internet é a possibilidade de queimar etapas aprendendo com a experiência dos outros. Imagine se eu não pesquisasse qual o melhor material de tributário e fosse estudando pelo primeiro material que me caísse nas mãos como milhares de concurseiros que prestarão o concurso do Ministério da Fazenda estão fazendo e ainda farão, simplesmente seria mais um dos que não têm muitas chances reais de sucesso nesse certame. E assim acontece com todas as matérias.
Só que pesquisar pelo melhor material baseando-se nas opiniões de concurseiros exige algum cuidado, claro.
1º - Nunca confie na primeira leva de opiniões. Procure opiniões diversas.2º - Cruze as opiniões que encontrar, tenha certeza de que haja um certo contento em torno de algum livro e/ou autor ser o melhor para determinada matéria.3º - Cuidado com opiniões muito antigas. O melhor livro e/ou autor para determinada matéria em 1998 não é, necessariamente, o melhor em 2008.4º - Muita atenção às edições dos livros e datas de lançamento de apostilas e aulas em PDF. Pode acontecer de um autor hoje considerado ótimo, não ter sido nada bom quando escreveu o livro que você conseguiu dele e que foi lançado há cinco anos atrás.Resumo da ópera – Estudar para concursos exige planejamento e pesquisar pelo melhor material de estudo é parte desse planejamento. E é aquela velha história, concurseiro que não planeja, está pedindo para ser derrotado na guerra dos concursos públicos.
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