Essa semana está particularmente desgastante para mim em termos de estudos. Desde segunda-feira estou atacando uma das partes mais chatas do edital para o concurso do TRE-MG, o Regimento Interno.
Já tinha estudado o danado no mês passado, mas apenas via leitura. Essa semana estou estudando detidamente cada artigo e fazendo uma versão comentada do tal regimento, de forma que possa estudar melhor, sem ter de ficar parando para puxar leis aqui e ali quando em dúvida.
Além disso, estou encarando uma boa revisão disso, estou revisando a matéria que é o bicho-papão de um sem número de concurseiros, a temida Raciocínio Lógico e Matemático. Particularmente não considero essa matéria difícil, mas chatinha. Depois que se aprende o conjunto de regras que a estrutura, fica tudo bastante fácil. A parte chata é que são tantos dados, tantos “vai e vem” que requerem atenção, tanto que acaba se tornando, sob minha ótica, uma matéria enfadonha, tediosa.
Então estou nessa, pela manhã estudo Regimento Interno. A tarde estudo Raciocínio Lógico e depois um pouco mais de Regimento Interno. E haja bunda, cadeira e paciência para dar conta de tudo isso. Só no final da tarde, quando faço uma longa caminhada para exercitar, que aproveito para ir lendo alguns resumos de outras matérias do edital desse concurso.
Isso mesmo, caminho rápido lendo resumos. Faço um percurso de aproximadamente sete quilômetros, com exatos um quilômetro e quatrocentos metros de morro íngreme lá pelo meio do percurso. Essa caminhada é feita em um bairro muito calmo próximo de onde moro, com ruas largas e pouco movimentadas. Daí que vou caminhando com um resumo de matéria na mão, estudando tranqüilamente. Tudo bem que pareço um louco para muita gente ao fazer isso, mas não me importo nem um pouco.
Sejamos sinceros, essa é uma rotina cansativa, chata, desgastante. Por mais que me motive várias vezes ao dia desde o momento em que acordo, não posso fazer nada para mudar isso. Não digo que não acredito que exista gente que estude feito um condenado com um largo sorriso no rosto aproveitando cada minuto como se ao invés de atrás dos livros, estivesse tomando sol no deck de um iate de luxo no Mediterrâneo cercado de beldades. Não digo porque já conheci algumas pessoas do tipo. Infelizmente não sou assim. Não vou mentir dizendo que essa fase de concurseiro está sendo uma das melhores e mais divertidas da minha vida, porque não está. No entanto, ninguém me obrigou a isso, estou aqui por decisão própria, então tenho de encarar com seriedade e sem reclamar ... muito.
Como diz o velho ditado, “nada como um dia após o outro”. Quando as coisas ficam pesadas, chatas ou ambas, é assim que vou vivendo, um dia após o outro. De onde tiro paciência e força para isso? Em primeiro lugar de Deus e em segundo lugar dos pensamentos felizes que tenho pensando em como minha vida será muito melhor após a posse.
Todos os dias navego um pouco por fóruns e comunidades de concurseiros na Internet, no Orkut, e o que mais encontro são concuseiros cansados dessa rotina pra lá de massacrante que, às vezes, parece não ter fim. É até engraçado em com uma diversidade de pessoas, de todos os cantos do país, compartilham de uma mesma luta, de condições de estudo, de dificuldades com família, amigos, grana, tudo muito parecido, muito semelhante.
Resumo da ópera – Esse artigo está mais para um desabafo do que para um texto motivacional ou educacional, mas acredito que existe algo bom em compartilharmos nossas dificuldades, em sabermos que não somos somente nós que sofremos sentados dia após dias diante dos livros, que temos sonhos adiados, que ouvimos palavras duras, mas que não deixamos de acreditar na realização de nossos sonhos de uma vida melhor, mais tranqüila, estável e folgada financeiramente.
Charles Dias é o Concurseiro Solitário.
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