COLUNA DA RAQUEL - A questão é relativa

Olá! Estou eu de volta. Eu li o artigo do Charles e ia responder resumidamente, mas decidi expor o outro lado da moeda com um novo artigo. A discussão é sempre enriquecedora. Nós todos sempre saímos ganhando com isso.

Fazer cursinho preparatório para concursos é uma questão relativa. Tudo depende de como é seu nível, suas deficiências, do seu direcionamento e estratégia para fazer provas. Sabemos que cada concurso é uma camisa a vestir, pois não só a matéria e sua complexidade muda, mas a banca também e, com ela, seu modo de avaliar.

Então, eu penso que fechar a questão é ruim. Essa resposta deve ser muito individual. Eu estudei durante um ano inteiro sem o cursinho. Foi bom, produtivo e importante para chegar até aqui (me sinto mais bem preparada por causa disso), mas ao mesmo tempo, sinto que perdi tempo estudando errado algumas matérias. Além do mais, quem tira suas dúvidas? Eu as acumulei porque não podia tirá-las. Meus colegas não sabiam algumas coisas que eu perguntava, meus ex-professores não gostavam de tirar dúvidas porque achavam que estavam trabalhando de graça. Daí, fazer cursinho foi a solução que encontrei para sanar muitas dúvidas que tive.

Não fiz muitos cursos até agora, tampouco gastei R$30 mil até agora. Não pretendo gastar tudo isso, simplesmente, porque não tenho disponível. Não dá. Realmente, o artigo do Correio Web é meio ilusório. O Granjeiro quer justificar o valor que cobra nas mensalidades, gente. Esse é o ganha-pão dele. Mas não é também pra condenar os cursos preparatórios à fogueira porque têm seu valor.

O que é inegável nisso tudo é o seguinte: para ser aprovado num concurso, dedicação é fundamental! O cursinho ajuda, mas não faz tudo por você. Ele é uma ferramenta, mas não é o conteúdo, a sua bagagem principal. Mesmo fazendo cursinho, eu continuo pisando fundo em casa. Leio meus livros, faço exercícios. Além disso, eu procuro sempre estar à frente do que os professores estão ensinando para chegar lá e revisar, tirar dúvidas, complementar algo que faltou no estudo em casa. Simplesmente, o cursinho é um plus para mim.

Além dessas vantagens que eu mencionei, os cursinhos proporcionam que você conheça novas pessoas, faça novas amizades, troque mais informações sobre concursos, materiais, etc. Eu, por exemplo, montei um esquema de estudos alternativo com um colega que desenvolveu um método bem diferente. Consiste em você mesmo elaborar exercícios e aplicar para o outro colega. Nada impede que você aplique para si mesmo, pois depois de uma semana você pode não lembrar a resposta da questão que elaborou. Lembre-se, é pra estudar com seriedade e não pra fofocar. Se for pra papear, saia pra tomar um chopinho de vez em quando com os colegas.

Voltando aos estudos, eu considerei o método bastante interessante, pois a gente acaba fazendo exercícios difíceis para o outro resolver. É como uma gincana, um quiz. Todo mundo sai feliz porque aprende, tanto elaborando quanto resolvendo exercícios.

Resumo da ópera - Se estiver fazendo cursinho, sugue seus professores ao máximo. Tire dúvidas, torne-se um aluno "insuportável" como eu. Eu mando e-mail com dúvida, adiciono os professores no MSN. Afinal, as dúvidas sinalizam que você está aprendendo. Faça provas anteriores e vá perguntar sobre questões que não conseguiu fazer ou não entendeu porque errou. Enfim, use todas essas ferramentas poderosas se puder dispor delas. Fazer cursinho faz com que se tome contato com novas formas de estudar, além das que você já conhece. Caso, não esteja estudando em um, não fique triste porque isso não significa que você não tenha chances de ser aprovado. Estudar, como eu disse em outro artigo, é uma questão de auto-conhecimento. Cada um saberá o que é necessário para chegar onde deseja.


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