ARTIGO DE UM LEITOR - TRT/SP: Histórias Para Descontrair

Fiz a prova para o cargo de Analista Judiciário Área Administrativa – Especialidade Contabilidade no concurso do TRT/SP faz alguns dias no prédio da UNIBAN, na Barra Funda (São Paulo).

Uma multidão ficou debaixo do sol escaldante aguardando a abertura dos portões para as provas da parte da tarde. Uma multidão mesmo!!! Enquanto aguardava a abertura dos portões, pois cheguei cedo (como todo concurseiro sério deve fazer), alguns “causos” me chamaram a atenção e culminaram na elaboração deste artigo dentro do ônibus de volta para minha cidade, no interior de São Paulo.

A primeira coisa a me chamar a atenção, ainda do lado de fora, foram alguns cartazes (na verdade, muitos) pregados nos postes e nas paredes da rua em frente à faculdade. O cartaz dizia:

MATERIAIS OBRIGATÓRIOS PARA AS PROVAS:

- Caneta Esferográfica Azul
- Caneta Esferográfica Preta
- Lápis Preto nº2
- Borracha
- Régua

DIREÇÃO

Muitos devem estar mijando nas calças de tanto rir com esse cartaz (eu cheguei perto disso). Seria muito cômico, se não fosse trágico, mas (pasmem) não sobraram canetas azuis e réguas em nenhum dos quiosques perto da faculdade, todos foram vendidos (eu mesmo confirmei essa informação perguntando a duas ou três barracas). Aposto que a maioria das pessoas que caíram matando nas canetas e réguas sequer leu até o Item 11 do Edital do Concurso, pois lá está bem claro os materiais realmente obrigatórios para a realização da prova: caneta preta, lápis e borracha (só isso).

E ainda havia aqueles “espíritos de porco” contando vantagem por terem chegado cedo e conseguido comprar sua canetinha azul e sua régua. Que lindo!!!

Outra situação hilária (fruto de uma pequena desorganização do pessoal) foi com relação aos banheiros dentro da faculdade. Afinal, a grande maioria gosta de esvaziar a bexiga antes de entrar na sala de prova. O fato é que, até o início das provas, todos os banheiros do 1º, do 2º e do 3º andares seriam destinados às “moçoilas”. Nada mais justo e cavalheiresco do que nós (homens) termos de ir até o 4º andar pelas escadas para fazermos nossas necessidades. O que ninguém lembrou foi de avisar isso aos homens!

Não haviam fiscais identificados, nem cartazes para divulgar essa informação importantíssima. Eu mesmo já estava tendo um “piriri”, indo andar por andar, imaginando: “Nossa! Elas realmente dominaram o mundo, não vai sobrar nenhum banheiro para nós!”. Andar por andar e o desespero aumentando, para meu alívio, no último andar, um dos dois banheiros disponíveis era destinado aos candidatos do sexo masculino. Ufa!!!

O motivo disso eu logo entendi: os homens são mais eficientes nessa tarefa, demandando menos tempo e consumindo menos espaço, por isso apenas um banheiro e, mesmo assim, sem grandes filas. Já as gurias, precisam de mais espaço e, consequentemente, de mais tempo para a mesma tarefa, por isso que, mesmo tendo 90% dos banheiros do prédio, ainda havia filas maiores na frente dos banheiros das mulheres que no dos homens.

O último fato cômico do dia foi-me apresentado por uma concurseira, na rodoviária da Barra Funda. Ela fez a prova na UNINOVE e, para quem conhece o lugar, sabe da grandiosidade e do luxo do prédio, que conta, inclusive, com escadas rolantes (chique no “úrtimo”!!!).

O fato engraçado é que ao término da prova para Técnico (de manhã), uma galera saiu de uma só vez pelas escadas rolantes que davam para um Hall lotadíssimo de pessoas já esperando para a prova de Analista (de tarde). Resultado: o pessoal ia descendo as escadas (automaticamente) sem saber do quão lotado estava o pavimento inferior e, aos poucos, começaram a cair, uns sobre os outros, empurrados pela própria escada rolante, os que estavam descendo iam se espremendo e sendo espremidos pelos demais que desciam. Apesar de não ter presenciado a cena pessoalmente, achei bastante engraçado.

No fim alguém desligou as escadas e o problema foi solucionado. Mas, sem dúvidas, deve ter sido uma cena digna do Top Five do programa da Rede Bandeirantes CQC. Hilário!!!

Resumo da Ópera – Apesar de todo o nosso nervosismo e de toda a pressão psicológica que há ao chegar o tão esperado momento da prova, ainda há situações engraçadas que não devem passar despercebidas. Muito pelo contrário, elas devem ser usadas a nosso favor, de modo a diminuir a nossa ansiedade e nos ajudar a vencer na guerra dos concursos.

Artigo enviado pelo concurseiro e leitor do blog Sérgio Souza Batista.

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