Dias atrás recebemos esse um comentário para um dos artigos que publicamos, enviado pela concurseira
Mônica Lago, que diz exatamente isso logo no comecinho:
“Eu ando muito desanimada ultimamente. Não sei direito o que aconteceu comigo, mas sei que foi desde a "paulada" que levei no STJ, que era meu sonho... Foi marcante essa última experiência, porque mexeu comigo de uma forma diferente (cheguei a ficar doente, de cama). Uma semana antes da prova, eu vi o ônibus do tribunal passando na porta de casa. Parei na esquina, fiquei olhando, olhando ... Os dias passaram e, depois que fiz a prova e corrigi, vi que tinha ido muito mal e fiquei pensando: "Meu sonho foi embora, como aquele ônibus!". Desde então, não tenho conseguido estudar com a mesma motivação.” A Mônica inclusive reclamou que não havíamos publicado seu comentário, só que ela não sabia é que eu o havia selecionado para ser parte desse artigo, na verdade foi ele que me inspirou a escrever esse artigo. Vamos lá.
Ontem mesmo expliquei para uma amiga concurseira que também anda meio desanimada com a demora no sucesso na Guerra dos Concursos Públicos a boa e velha Teoria do Ponto do Ônibus, uma teoria brilhantemente simples e que se aplica, perfeitamente, à nossa luta.
Essa teoria tem um enunciado simples:
“Depois que você espera muito tempo por um ônibus que teima em não passar, não vale a pena você desistir porque, provavelmente, ele passará pelo ponto apenas alguns minutos depois que você desistiu e foi embora achando que ele não passaria mais.”Traduzindo para nossa realidade concursídica:
“Depois que você estuda muito tempo para passar em concursos públicos e o sucesso teima em não acontecer, não vale a pena você abandonar a luta porque, provavelmente, o ônibus da posse passará apenas alguns minutos depois no ponto em que você estava e do qual foi embora achando que o sucesso nunca passaria mais por lá”.É exatamente isso que a Mônica parece estar fazendo com o seu “
Meu sonho foi embora, como aquele ônibus”, assim como minha amiga que estuda há dois anos e até agora nada de sucesso, nada de posse, nada de poder comemorar o esforço recompensado.
Analisem comigo. Ambas já ficaram um tempão no ponto esperando o ônibus do sucesso. O ônibus de todo mundo passa e elas continuam lá, esperando o delas. A Mônica até se animou com um ônibus que achou que era o dela, mas não era, pelo menos nesse momento. Agora, imaginem que as duas decidam que já esperaram demais, que não tem um ônibus como nome delas que passará naquele ponto e resolvem ir embora, procurar outros ônibus, outros pontos. Daí, pouco tempo depois que elas se ausentaram passa seus ônibus, param no ponto por alguns minutos, como elas não aparecem para embarcar, vão embora. Agora, pior, imaginem que elas vejam tudo isso de uma boa distância do ponto, tentam correr de volta, mas não dá tempo e têm de dar tchau para seu ônibus que passaram, pararam, e nenhuma delas embarcou! (Até rimou ... hehehe).
Muita gente, como a Mônica, tem um cargo e um órgão do coração. Seu sonho dourado é trabalhar lá. Acontece, gente, que concursos acontecem sempre, em todos os órgãos e entidades da administração pública. Pode demorar alguns anos, mas acontecem. Daqui um, dois ou três anos haverá outro concurso do STJ. Isso não significa que você, Mônica, deva esperar “desempossada” até lá. Não! Continue estudando com garra, passe em outros concursos, seja empossada em outros cargos e continue estudando. Se quando for publicado o edital do próximo concurso do STJ você ainda quiser ir para lá, faça a prova (porque você continuou estudando), passe e seja feliz!
Resumo da ópera – Para quem já estudou sério por pelo menos um ano ininterrupto, vale a Teoria do Ponto de Ônibus. Portanto, se você se encaixa nela pense muito bem antes de abandonar o ponto, pois seu ônibus pode justamente estar virando aquela esquina ali pertinho para vir te pegar em seguida!
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