A MINHA PREPARAÇÃO PARA A PRIMEIRA FASE DO 27º CPR- por JOÃO GUSTAVO SEIXAS
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A MINHA PREPARAÇÃO PARA A PRIMEIRA FASE DO 27º CPR- por JOÃO GUSTAVO SEIXAS


Bom dia meus caros, hoje postamos um novo texto do Procurador da República João Gustavo Seixas que narra toda sua preparação exitosa para a primeira fase do 27 CPR. Dicas valiosas e que vão os ajudar a otimizar essa reta final de preparação. Lembrem-se: o gás é agora, pois esses podem ser seus últimos meses de concurseiros. Dedicação total nessa reta final. Seguem as dicas.

PREPARAÇÃO PARA A PROVA OBJETIVA DO CONCURSO DE PROCURADOR DA REPÚBLICA

Após falar, no último texto, sobre métodos de estudo sob uma perspectiva geral, volto a este espaço para dar meu testemunho de como foi minha preparação para a primeira fase do 27º Concurso para Procurador da República ? 27º CPR.

Embora sempre tenha sido minha meta o Ministério Público Federal, eu estava muito decidido a sair da carreira que então seguia e, por isso, inscrevi-me em outros certames enquanto o edital do 27º CPR não era divulgado.

Assim, prestei concursos pra Juiz de Direito do TJDFT, Juiz Federal da 2ª, 4ª e 5ª Regiões e Defensor Público do DF antes de me aventurar no do MPF.

Para todos eles, minha estratégia principal foi ler bons resumos indicados por amigos, informativos de jurisprudência do STF e STJ dos dois últimos anos e sinopses, além de resolver provas antigas e exercícios.

 Quanto aos resumos, todo mundo já deve ter ouvido do ?Santo Graal?, que nada mais é que uma compilação feita por pessoas interessadas no cargo de Procurador da República e que é atualizada por novas gerações de concurseiros a cada CPR. São vários arquivos, um pra cada matéria, e nos quais os pontos são abordados na ordem fixada no edital.

Trata-se de um bom resumo, utilíssimo sobretudo para a oral, mas que em suas versões recentes vem pecando por dois fatores. O primeiro deles é o tamanho. Está enorme, prolixo, redundante e com muitas linhas dedicadas a assuntos que não merecem tanto. O segundo é a falta de uniformidade dos textos no que diz respeito à sua qualidade. Sendo uma obra coletiva, é natural que nem todos os que para ela contribuem tenham o mesmo talento e/ou compromisso na elaboração dos textos que são de sua responsabilidade e isso provoca um grande desequilíbrio.

Apesar desses defeitos, ainda é, repito, um ótimo material. Mas confesso que só me ative a ele quando a prova já estava bem próxima. Antes, vali-me de resumos preparados para os concursos de Juiz Federal e devo admitir que foram eles que mais me ajudaram na primeira fase. Afora mais concisos, objetivos, eu consegui lê-los algumas vezes, o que me permitiu absorver mais seu conteúdo.

Portanto, se falta tempo para ler o ?Santo Graal?, por que não experimentar ler os resumos voltados pros concursos dos TRFs? Só não se deve esquecer que eles não cobram Direito Eleitoral, que não faz parte do programa,  e nem Direito Internacional e Direitos Humanos com a profundidade exigida pelo MPF.

No que se refere aos informativos de jurisprudência, todo concurseiro da atualidade sabe que são indispensáveis. Eu lia-os  no começo  de forma ?seca?, ou seja, da maneira que são publicados pelo STF e STJ, sem comentários ou filtros. Porém, depois que descobri a página do ?Dizer o Direito?, meu estudo ganhou muito mais em qualidade e celeridade. Pra quem não conhece, seu autor reformula os informativos de modo a apresentá-los de forma didática, selecionando o que há de mais importante em cada um deles e explicando os julgados de forma clara e sintética, com doutrina, cotejo com decisões anteriores e até mesmo trazendo questões que abordam o assunto versado. Vale a pena conhecer!

E por que estudar apenas os informativos de até 2 anos atrás? Porque a banca almeja saber se o candidato está acompanhando o que vêm decidindo os tribunais, se ele está se atualizando constantemente. Ler informativos mais velhos, além de ser perda de tempo amiúde, ainda gera o risco de se memorizar entendimentos já superados.

Atendo-me agora às sinopses, faço uso delas desde que formei. Foram importantíssimas na minha aprovação para os cargos de Defensor Público dos Estados de Sergipe e do Ceará e para o cargo de Advogado da União. Àquela época, as melhores eram as da Saraiva. Hoje são, sem sombra de dúvida, as da Juspodivm.  Tanto a coleção de sinopses propriamente ditas como a de Leis Especiais para Concurso são excelentes, tirando um ou outro volume ruim (o de Direito Comercial, p.ex., é péssimo!).

Cumpre ressaltar, todavia, que por melhor que sejam a sinopse ou o resumo, eles não serão bem aproveitada sem uma base sólida, construída com o estudo constante de boa doutrina, de bons autores. Malgrado eu tenha ficado 6 anos sem estudar pra concurso, nunca deixei de comprar e ler livros jurídicos, sobretudo de Constitucional. Sobre isso eu falarei mais em outro momento.

Por fim, as provas antigas. Resolver questões sempre foi algo que me ajudou sobremodo a memorizar. Errar uma resposta, ao menos pra mim, tem um efeito bem didático, pois me força a procurar saber o motivo do erro e não esquecer mais qual a resposta certa. Ademais, não é raro que questões antigas sejam repetidas, ainda que com outra roupagem.

No caso do 28º CPR, a banca que formulará as provas é praticamente a mesma desde o 25º. Logo, vale muito a pena resolver as 3 últimas primeiras fases. Servirá, no mínimo, pra se ter ideia de como as questões são apresentadas e os assuntos são cobrados. Vale observar, todavia, que algumas respostas dadas como certas já não podem mais ser assim consideradas por força de alterações legislativas ou jurisprudenciais. Atenção, portanto.

É isso, pessoal. Até o próximo texto e bons estudos!



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