Uma vez li em algum lugar que para se entender completamente uma poesia é preciso ter vivido o que ela retrata. Nunca duvidei disso, mas também nunca acreditei completamente. Hoje acredito.
Lembro-me perfeitamente de uma aula de cursinho pré-vestibular em que o professor de literatura, um excelente professor, analisou detalhadamente esse poema. Na época entendi direitinho o que ele explicou, mas não compreendi a mensagem profunda das palavras do poeta por falta de vivência, de experiência de vida.
Pois bem, hoje, como concurseiro, defronto-me dia sim, dia não comigo mesmo e com outros concurseiros se perguntando e perguntando uns aos outros a pergunta cuja resposta vale muito mais que um milhão de reais ... será que tudo isso vale a pena? Não duvido que os marinheiros portugueses, suas mães, filhos e noivas tenham feito a mesma pergunta quando das Grandes Navegações, descobrindo séculos antes de nós que a resposta a essa pergunta ao futuro pertence.
Alguns cientistas dizem que não existe apenas um universo, mas infinitos universos. Que cada vez que tomamos uma decisão, novos universos paralelos se formam. Assim quando estamos na dúvida se pedimos sorvete de morango ou de chocolate e tomamos uma decisão, dois universos quase idênticos são criados, em um escolhemos sorvete de morango e em outro escolhemos sorvete de chocolate.
No futuro teremos cada um de nós um poema como esse de Fernando Pessoa, contando inicialmente quanto do sal do mar é de nossas lágrimas durante nossa luta na guerra dos concursos públicos e de nossas mães, das preces de nossos filhos, parentes, amigos, da espera de nossas namoradas (os), noivas (os) e esposas (maridos), tudo para que conquistássemos a estabilidade que o serviço público pode oferecer. Daí virá a pergunta fatídica, valeu a pena? Em um universo onde nossa alma não foi pequena, assim como nossa coragem e determinação, então valeu muito a pena. Em outro universo onde nossa alma foi, sim, pequena, e desistimos da luta, então tudo foi esforço e sofrimento jogados fora.
Resumo da ópera - É, meus amigos, a guerra dos concursos públicos, assim como o mar do poema de Fernando pessoa, nos obriga a passa além da dor se queremos um futuro melhor e mais farto como servidores públicos, é uma jornada de perigo sobre o abismo da incerteza e do vislumbre do fracasso, mas assim como é no mar que Deus espelha o céu, é nessa luta dolorosa e sangrenta que ele nos dá a chance de conquistarmos algo que poucos entre muitos tem determinação de conquistar.
Charles Dias é o Concurseiro Solitário.
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