Todos nós sabemos que fazer prova de concurso hoje é uma tarefa muito diferente de 10 anos atrás. Se antes já não era fácil, agora não é bolinho mesmo! Disso todo mundo já está careca de saber. Todavia, o que surpreende mesmo é a transformação que os processos seletivos vêm sofrendo de 2006 até 2010, que foi a nova safra dos concursos.
É natural que em 4 anos aconteça alguma coisa, pois é um lapso temporal grande. Ocorre que, durante os 10 anos anteriores o cenário era muito mais estático. Essa comparação surpreende, mas é compreensível porque hoje as seleções públicas são muito mais populares, mais transparentes (e ainda há casos de fraude hoje, mas em menor escala) e porque há um fluxo maior de informação (seja no divulgar o edital, seja na oferta de material de estudo).
Nota-se que havia no passado uma enorme valorização das questões do tipo decoreba. Hoje, essas questões ainda existem e são muito valorizadas, mas as questões de compreensão e interpretação do texto da lei estão ganhando espaço.
Muitos concursos estão começando a colocar questões teóricas (doutrinárias) em suas provas, o que obriga ao candidato a ser muito versátil em seu estudo. Enfim, não adianta estudar apenas por uma forma ou apenas de outra forma.
Há concursos, como o da AGU, em que há muita, mas muita cobrança mesmo de jurisprudência dos tribunais superiores. Dizem que não é uma prova muito profunda, mas que tem um oceano de conhecimento a ser exigido! Isso é muita inovação, pois até 2004 a AGU gostava mesmo era da letra da lei. De lá para cá, foram poucos concursos e,diga-se de passagem, cada vez mais surpreendentes.
A novidade maior para mim são aquelas pegadinhas em que se usa uma linguagem confusa. Geralmente as assertivas, nas questões de múltipla escolha vem com assertivas enormes, com conceitos abstratos. Pega pelo pé até quem sabe a matéria! Sempre aparece uma resposta mais clara com cara de certa, jeito de certa, mas uma palavra revela um conceito errado. Nós erramos por causa de algum aforismo! (risos)
Outra armadilha são aquelas questões que colocam um texto de lei meio desmembrado, mas parecendo a própria lei. Daí, colocam palavras muito semelhantes em significado, mas com uma pequena diferença. Isso é algo que faz com que muitos concurseiros sucumbam!
E agora os editais não nos permitem mais arriscar que uma prova será somente de lei seca ou doutrina e jurisprudência ou tudo isso junto. Eu, até 2007, conseguia fazer esse tipo de análise, mas agora não consigo mais. Tenho sido pega de surpresa mesmo! Pelo menos, estou ficando esperta!
Como se pode ver, fazer provas é algo muito importante. Eu sei, eu sei, é chato e dá aquela sensação de tempo perdido enquanto poderíamos estar avançando no programa. Todavia, eu tenho que adverti-los que não fazê-las pode nos custar o preenchimento de uma vaga. Afinal, nós sabemos, muitas vezes, a matéria e erramos à nossa revelia! Erramos por causa daquele aforismo porque o pecado mora nos pequenos detalhes.
Resumo da Ópera - Se você é concurseiro sério, não deixe de fazer exercícios, de aprender as técnicas dos examinadores. Conhecendo aquilo que você vai enfrentar, tudo aquilo torna-se mais fácil e menos desestabilizador. A tarefa será cada vez mais fácil e mais rápida.
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