Gente, eu sou muito paciente, mas ultimamente andam testando minha paciência.
Eu não cheguei a lhes relatar o fato do artigo de hoje porque a vida anda corrida demais. Ah, francamente, isso foi uma pequena filigrana na vida de uma concurseira. Ok, no dia em que ouvi isso, fiquei danada! (risos)
Eu fiz prova para Analista Administrativo da Defensoria Pública da União, a qual foi organizada pela banca CESPE. O salário não era bom, pois só chegava a R$2.900,00 com a soma de umas gratificações de produtividade. Enfim, se alguém assumisse que eu não sou produtiva, meu salário ficaria abaixo disso. O cadastro de reserva era bem pequeno para o meu estado da federação. Mesmo assim, eu resolvi dar a cara a tapa para treinar e me familiarizar com as novas tendências de prova. Sim, leitores, não é somente o mundo fashionista que segue tendências, mas o mundo concursídico também.
Pensei que a prova seria mais fácil, mas não foi. Era algo do tipo “morde e assopra”, uma vez que não apresentava questões da modalidade “marque a incorreta”, mas tinha coisas bem complicadas para mim. Como era de se imaginar, eu não fui bem. Afinal, eu estava com foco em outro concurso e aquele apareceu com finalidade de treino.
Eu , de acordo com a minha experiência de anos de concurso, saí da prova já sabendo da minha sentença : não estaria dentro do cadastro de reservas. E pior: no concurso de um cargo que paga mal. Fiquei muito aborrecida e me senti meio humilhada, pois sempre estudei muito. Queria me sentir valorizada como profissional, pois sempre investi na minha carreira. Estou concluindo pós-graduação e não quero parar por aí.
Após a prova, fui para a casa de uma amiga, pois o local de prova era perto dali. Passei uma tarde super agradável com ela. Contudo, à noite, a irmã dela servidora pública empossada há uns 2 anos chegou. Ela me cumprimentou e perguntou o que fazia lá. Eu respondi com tranquilidade, porque ela é ex-concurseira, sobre meus propósitos. Para quê? Ela me criticou tanto, mas tanto, que fiquei super chateada. Foi como chutar cachorro morto! Sendo que o cão era eu, que estava meio sensibilizada pela prova.
Disse que eu não servia para aquilo e que deveria parar de estudar para concursos. Afirmou que eu deveria arrumar um emprego. Falou aquelas bobagens que todo boboca diz: “você não passou porque ficou nervosa”; “você precisa se desligar dos concursos para poder passar”; “você não passa porque estuda demais”. Eu que havia já me programado para nunca mais dar ouvidos a essas palhaçadas, acabei sendo pega de forma desprevenida. Fiquei horrorizada com a saraivada de críticas. Ela simplesmente esqueceu dos dias de concurseira com grana curta!
Na hora foi péssimo, mas agora estou vacinada de novo. Quando eu passar, ninguém mais lembrará dos concursos em que não fui aprovada. Saibam disso!
O resultado saiu depois e eu realmente não fiquei dentro do cadastro de reservas. A nota não foi ruim, mas não foi suficiente. Eu já sabia disso, mas não me senti aborrecida depois. Afinal, a prova que eu mais queria estava logo à frente.
Resumo da Ópera – Não dêem ouvidos aos paspalhões, nem mesmo se eles forem ex-concurseiros. Melhor: se puderem, escondam que estão fazendo alguns concursos. Isso evita muitos contratempos.
Raquel Monteiro é uma legítima concurseira carioca.IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.———«»———«»———«»———