Preguiça é uma coisa complicada.
Quando menos se espera ela se instala em nós e vai ficando...ficando...ficando... sendo que somente manifesta sua força quando queremos nos livrar desse mal. Bom, aí... pode ser muito tarde. Mas será?
Sentir preguiça é normal, para a maioria das pessoas.
E para aqueles que acham que estudar para Concursos Públicos é ser infalível vale a regra da flexibilidade: não se pressione tanto assim.
Mas não falo, hoje, para aqueles concurseiros sérios que depois de muito tempo de trabalho intenso, ininterrupto e coerente, sentem certa estafa mental e precisam unicamente descansar.
Quando se chega a esse ponto, nada melhor do que simplesmente ouvir a uma música gostosa, namorar, ir ao cinema, enfim, relaxar.
E depois seguir em frente: renovadas as forças, seguir em frente com estímulo e coragem.
Pelo contrário, falo para os ditos concurseiros que ainda não se conscientizaram do preço que necessitam pagar para a sua aprovação em Concursos Públicos.
Que sentem a preguiça pejorativa.
Que estudam por mero deleite, sem sistemas organizados e eficientes.
Caríssimos, até quando estarão mordidos pelo bicho preguiça?
Até quando "darão murros em pontas de faca" (como diria minha sábia mãe), se qualificando para uma profissão que não é sua vocação profissional, seja advogando sem sentir prazer algum nisso, seja trabalhando na iniciativa privada quando, em verdade, sua meta é ser servidor público? (e sem desmerecer qualquer trabalho - falo aqui de vocação profissional e não de atividades melhores ou piores, sejamos claros)
Vai mesmo suportar a ideia de frustrar-se?
Vai mesmo se submeter a algo que não decidiu?
E, diga-me, caríssimo:
O que te impede, afinal, de estudar devidamente?
É realmente justificável ou, do contrário, é uma circunstância que deveria te impelir a estudar ainda mais?
Eu sei que o medo pode paralisar. Ah, se sei.
Sei que o caos pode estimular o caos ainda maior, e a tendência é pensar que o estudo não é a melhor saída.
Mas aprendi que pensar assim é ser imediatista. E que o imediatismo não tem espaço na vida daqueles que sonham em ser aprovados em Concursos Públicos.
E sei que pensar assim ainda não resolve problemas imediatos. E que o medo persiste e cega para a oportunidade palpável e democrática que é se preparar para certames públicos.
Mas consola. E se o sonho estiver presente, se a vontade de vencer ... o medo, a angústia da própria espera, os obstáculos... estiver presente, não há espaço para o bicho preguiça atuar. Aliás, o que seria a mera preguiça quando algo muito mais forte pulsa dentro de você?
E o que seria o estudo? Um mero deleite de sapiência ou um sistema organizado que pode te levar mais além, e no ínterim te formar e te desenvolver?
Internamente temos sempre as nossas respostas. E também internamente pulsa em nós secretas vontades, que não podem ser abafadas por nosso medo ou por nossa preguiça.
E isso para tudo em nossas vidas.
Não deixem que o sentimento de impotência ante as circunstâncias da vida te paralisem, e não se deixe levar pelo "amanhã eu faço", porque me parece evidente que a concepção do "amanhã" não chega sem a concepção do "hoje". E sendo o "hoje" variável conforme nossa vontade consciente é possível claramente perceber que o "amanhã bom" só chega através de um "hoje consciente e sacrificante".
E sob esse aspecto a preguiça não inviabiliza apenas o seu dia de "hoje", mas também todos os "amanhãs" possíveis através de um "hoje" diferenciado.
E como está sendo o seu "hoje"?
Preguiçoso?
Um preguiçoso saudável e gostoso, ou pejorativo?
RESUMO DA ÓPERA- Eu te desejo um bom dia. Hoje, não amanhã. Repleto de movimento, de decisão por melhorar e de seguir em frente. Caminhando. Talvez devagar. Mas com a decisão (que parte de cisão de um caminho para outro = de – cisão) firme. Inabalável. Concreta.
ANA PAULA DE OLIVEIRA MAZONI, Concurseira por vocação.IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um(a) revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.
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