Não adianta chorar
Concursos Públicos

Não adianta chorar


É interessante como concurseiros têm uma predisposição natural ao desespero e à frustração consigo mesmo. Independe se a pessoa é confiante e tranqüila em relação a outras coisas, quando ela decide por entrar na guerra dos concursos públicos, parece que as regras mudam e ela ganha uma dose extra de sensibilidade.

Ontem uma amiga concurseira me ligou a noite no que chamo de “estado concurseiro soluçante”, ou seja, desesperada e frustrada ao ponto de cair em lágrimas. “Eu não consigo dar conta de estudar tudo o que o edital pede. Pensei que eram poucas coisas, mas só agora estou vendo que não vou conseguir dar conta de tudo a tempo. Sou muito burra, só pode ser isso. Não acho que tenha tomado a decisão correta ao entrar nessa de querer ser servidora”.

Essa amiga começou a estudar no segundo dia desse ano. Ela não estava feliz como trabalho que tinha e aproveitou a chance de optar por uma demissão voluntária e partiu para os concursos públicos seguindo o exemplo de mim e outros dois amigos que temos em comum, um deles já aprovado, nomeado e empossado. Ela vem estudando integralmente e de forma muito séria, como menina disciplinada e responsável sempre foi. O problema é que essa amiga é formada em farmácia e matérias de direito e administração são novidade total para ela, que teve de começar a estudar do zero. Ela se inscreveu no concurso do STF para Técnico Administrativo, comemorando o “edital light”.

Ganha um doce que me apresentar um concurseiro sério que nunca se desesperou ou se frustrou com seu desempenho na guerra dos concursos. Não vou dizer que não existem, mas garanto que deve haver apenas alguns poucos espécimes por aí, mas muito pouco mesmo, porque, no geral, não há concurseiro sério, com mais ou menos experiência, que não sofra crises de desespero e frustração.

Voltando à minha amiga, apontei três pontos que em minha opinião ela não estava considerando como devia.

1º ponto – Ela começou a estudar faz pouco tempo e como partiu da estaca zero não pode esperar mesmo saber tudo o que é preciso saber para garantir a aprovação em concursos públicos com tão pouco tempo de estudo. O segredo da aprovação está em estudar o necessário pelo tempo necessário, até que chega um ponto em que você já sabe o básicão (português, informática, direitos constitucional e administrativo, administração pública, ...) e é preciso apenas estudar o que o edital pede de novo e que você nunca viu, além, claro, de rever o que já sabe para refrescar a memória.

2º ponto – Edital de concurso é mesmo uma grande armadilha. Um tópico de matéria com apenas duas palavrinhas pode esconder uma montanha de material para estudar. É como aquele desenho animado do Pato Donald em que ele está na Holanda junto de um daqueles diques e vê um buraquinho vazando água, ele tenta tapar e aparece outro, e outro, e outro, quando vê a cidade inteira está prestes a ser inundada.

3º ponto – Não adianta chorar, vida de concurseiro é assim mesmo e o melhor que podemos fazer é respirar fundo, secar as lágrimas e continuar lutando, até a posse.

Não há como evitar o desespero e a frustração. Muita gente procura uma receita mágica que conseguiria fazer isso, mas está procurando em vão. O melhor que podemos fazer é saber como minimizar seus efeitos, tornar mais espaçadas suas visitas inconvenientes e saber lidar com eles quando estão fazendo fazer sentir seus efeitos. Como fazer isso? Simples, mantendo a cabeça nos estudos e os olhos no futuro. Se temos a convicção de que nosso estudo uma hora renderá frutos, não há desespero ou frustração que resista. É como quando pegamos um resfriado, por se tratar de uma virose não há vacina 100% eficaz ou remédio que nos cure de um dia para o outro, o melhor que podemos fazer é tomar um remedinho para aliviar os efeitos, nos mantermos aquecidos e secos, tomar bastante líquidos e agüentar o corpo ruim, a garganta irritada, a corisa, os espirros sem nos rendermos à doença. Se fizermos isso, em alguns dias estamos curados. Se não fazemos, corremos o risco de pegar uma pneumonia e acabar no hospital.

Resumo da ópera – Nosso objetivo em termos de crises de desespero e frustração não deve ser evitá-los, mas não deixar que aconteçam com freqüência, que durem muito e que prejudiquem nossa luta. Não é fácil confiar em nós mesmos todo o tempo, ter certeza de que nosso estudo está sendo o suficiente para realmente concorrermos com chance passar, saber quando alcançaremos nossa tão sonhada posse, mas não adianta choradeira, a guerra que escolhemos lutar é assim mesmo e o melhor que podemos fazer é ter fé que Deus nos ajudará em nossa luta e em nós mesmos. De resto é sentar a bunda na cadeira e estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, ...

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PERGUNTA DO DIA

O que você faz quando sofre alguma crise de desespero e/ou frustração quanto ao seu desempenho na guerra dos concursos públicos, seu modo de estudar, seu conhecimento acumulado, sua luta, enfim? Como não deixar que essas crises aconteçam com freqüência, atrapalhe os estudos e minem a confiança?

Essa pergunta deve ser respondida em nossa comunidade no Orkut. Basta clicar no homenzinho ai em cima (você precisa estar conectado no Orkut em outra janela de navegador para ser levado à página de resposta).

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MÚSICA DO DIA





No verão inglês de 1979 uma desconhecida banda chamada Buggles apresentou para a Island Records o demo da música "Video Killed the Radio Star" e foram imediatamente contratados. No mesmo ano a música alcançou o primeiro lugar na UK Charts como música mais tocada na Inglaterra. E essa música se tornou um clássico imbatível. É uma das minhas preferidas, principalmente pelos sensuais vocais femininos. O mais interessante dessa banda é que apesar de ter sido formada no final dos anos 70, já era uma banda de estúdio, ou seja, fizeram muito poucos shows ao vivo durante sua existência.



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