Fixação – Parte 2
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Fixação – Parte 2


No artigo passado falamos a respeito da memória, de que temos meios já praticados no nosso dia-a-dia que denotam o uso de uma memória especialmente importante para o bom desempenho nos concursos, aquela de longo prazo. Hoje vamos falar de modos para desenvolvê-la, a partir da fixação.

Procure se lembrar como você faz para fixar o rosto de alguém, ou até mesmo de uma determinada peça de vestuário tentadora, exibida na vitrine de uma loja famosa de shopping. Você analisa formas, detalhes, cores, até texturas, se isso for permitido. Até um bebê faz exatamente o mesmo, quando começa a conhecer o mundo: repare naquelas “mãozinhas gordinhas” que percorrem o rosto das mamães e dos papais, que pegam em tudo – e tentam levar tudo à boca... – e na forma como tratam tudo ao seu redor. Essas manobras, naturais ao processo cognitivo do ser humano, são as que lhe conduzem ao aprendizado de informações. Sendo elas corretamente fixadas, sem atropelos, constituem numa forma segura e duradoura de aquisição de conhecimento útil.

Sendo assim, consideremos alguns dados:

1 – O aprendizado requer contato, por meio de algum dos nossos sentidos, ou de vários deles ao mesmo tempo, preferencialmente.

2 – Os meios para se aprender alguma coisa não podem sofrer influências externas prejudiciais, como uma interrupção brusca de movimento ou mesmo de concentração, pois podem fazer com que o registro fique truncado e o “disco rígido” do nosso cérebro riscado.

3 – O aprendizado, também, precisa ser natural: não é necessário que seja agradável, ou algo que se deseje realizar com tanto préstimo, mas precisa ser estimulante e ter sua avaliação quanto à utilidade, pois conhecimento inútil merece ser descartado.

4 – A forma mecânica com a qual se conduz o aprendizado precisa, também, de instrumentos adequados, que facilitem a aquisição de conhecimento. Assim, valem meios como mnemônicos, esquemas, tabelas, desenhos, ou até mesmo associações que familiarizem o objeto com a memória da pessoa.

5 – Finalmente, o resgate das informações precisa ser eficiente e, para isso, vale um lema militar: “repetição até a exaustão conduz à perfeição”. A memória precisa de estímulos, para que ela mesma ateste a importância de guardar aquela informação por longo tempo.

Finalmente, repare como funciona a memória de longo prazo em pessoas que padecem do terrível Mal de Alzheimer: até que elas não estejam no estágio mais avançado da doença, podem se lembrar, com perfeição, de assuntos ligados à infância e à juventude, que lhes foram marcantes. Se isso funciona num cérebro debilitado por uma degeneração, até o momento irreversível, por que não seria operante num indivíduo com gozo pleno de suas faculdades mentais?

Acompanhe a próxima parte, onde falaremos melhor dos cinco pontos acima descritos.

Resumo da Ópera – Fixar faz parte do aprendizado, que requer meios e momentos propícios para acontecer. Como eles se processam? Trataremos disso no próximo artigo.

CLEBER OLYMPIO, concurseiro aprendendo a fixar o conteúdo e a ir bem nas provas.

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