Eu não gosto do CESPE. E agora?
Concursos Públicos

Eu não gosto do CESPE. E agora?


O Centro de Seleção e Promoção de Eventos (CESPE) cometeu mais algumas incoerências e desmandes no último concurso público para o provimento de cargos junto ao Ministério Público da União. Em momentos de tensão, qual foi minha surpresa ao perceber que diversas perguntas estavam com a grafia equivocava, no ínterim da prova, e foram corrigidas de forma controversa em sede de publicação do gabarito preliminar.

Essa situação levanta um questionamento interessante: Você, concurseiro sério, sabe o momento certo de recorrer?

Muitas pessoas se esquecem de que saber os termos propostos, via edital, para a interposição de recursos, é muito importante. Isso porque se todos os certames são falíveis, do ponto de vista de que mesmo as Bancas mais preparadas (e não estou incluindo o CESPE nelas) acabam por gerar falhas, das mais variadas proporções, precisamos estar preparados para eventuais modificações no gabarito, e consequentemente, no resultado do certame. Não é brincadeira quando se diz que o resultado de 1 mísera questão (das 150) pode alterar a posição do último candidato com nomeação e posse imediata. Vocês sabem disso.

Acabo de preparar um bom recurso para minha prova. Achei, salvo engano, 9 erros em questões que decidi responder (dada a forma de avaliação escolhida), além de 2 importantes erros de grafia – mas li alguns comentários de pessoas que encontram 18, embora não possa dizer de qual cargo e tipo de prova (considerando que concorri ao cargo de Analista Processual somente).

Não se trata apenas de justificar o próprio rendimento nos estudos e melhorar sua nota em particular, não obstante isso também esteja nos planos, evidente. Mas principalmente, o recurso é a possibilidade, que nos foi concedida pela Administração, de avaliar a lisura com a qual o processo seletivo foi gerido, participando de forma ativa da otimização de seus intentos.

Mas certo. Eu não gosto do CESPE. E agora?

Agora, amigos, é não reclamar mais. O gabarito foi lançado, e embora ele ainda vá mudar (com o gabarito definitivo – após o julgamento dos recursos), o leite já foi derramado e só nos resta seguir em frente.

Reclamar por muito tempo não leva a lugar algum. Sentir-se injustiçado por mais de curto período é perder tempo sem estudar para o próximo concurso. E eu, que ontem enviei e-mails frenéticos para o pessoal da equipe do Blog Concurseiro Solitário (e tenho certeza que alguns de vocês já entraram em fóruns virtuais de discussão da prova), hoje retorno à minha rotina de estudos.

Porque recorrer é importante, com certeza. Além de angariar questões valiosas para melhorar seu posicionamento, viabiliza eventuais melhorias futuras e se consubstancia como uma luta – séria, contra os desmandes tão comuns (não estou sugestionando o contrário). Mas se navegar é preciso, então que o façamos de forma rápida, sem esquecer que nosso objetivo principal é ser aprovado e não se tornar um crítico fervoroso das bancas examinadoras.

Porque eu e você venceremos apesar do CESPE. Apesar de qualquer outra situação fática que seja posta em nosso caminho. Qualquer dia desses estaremos preparados para sermos aprovados apesar de um dia ruim na realização da prova, apesar do azar em chutar algumas questões, apesar da falha de memória em responder uma questão subjetiva polêmica, apesar da correção idiocrática de várias bancas examinadoras. Nada disso será suficiente para nos inviabilizar nossos sonhos. Qualquer dia desses. É só continuar.

Resumo da ópera - Então agora, cabeça erguida e voltemos à nossa rotina. Esperando o gabarito definitivo sair, claro, mas sem perder o foco de nossa verdadeira motivação: até passar!

Paula Oliveira é Concurseira por vocação.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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