DICAS, BIBLIOGRAFIA E DEPOIMENTO DE APROVADO- THIAGO PACHECO CAVALCANTI (MP-PA E TJ-CE)
Concursos Públicos

DICAS, BIBLIOGRAFIA E DEPOIMENTO DE APROVADO- THIAGO PACHECO CAVALCANTI (MP-PA E TJ-CE)


Bom dia meus caros.
Postagem especial de final de semana: depoimento do colega Thiago Pacheco Cavalcanti, aprovado para Juiz de Direito do Ceará e Promotor de Justiça do Pará. Um excelente texto que certamente será de grande auxílio a todos que estão nessa fase tão difícil de estudar para concursos. No final fica aquele vale a pena. Então foco nos estudos e nos seus sonhos. 
Aproveito para agradecer ao Thiago, e o convidar a todos que tenham uma história para compartilhar, que nos mande seu texto, pois será um grande prazer publicá-lo. 
Vamos ao texto: 

DICAS, BIBLIOGRAFIA E DEPOIMENTO DE THIAGO PACHECO CAVALCANTI (TJ-CE e MP-PA)
Olá a todos os colegas concurseiros, meu nome é Thiago Pacheco Cavalcanti e na verdade esse texto não se trata de um artigo jurídico, mas do meu depoimento pessoal acerca da minha trajetória nos concursos públicos, bem como humildemente procurarei passar algumas dicas aos colegas que ainda continuam nessa árdua missão de serem aprovados no tão sonhado cargo público.
Me formei no final de 2009 na Faculdade ASCES, na cidade de Caruaru/PE, e desde a época universitária tinha o desejo de prestar concurso público. Já no 10º período prestei o exame da OAB e consegui ser aprovado, iniciando já em 2010 a exercer a advocacia privada. Porém, não era o meu desejo exercer a advocacia privada. No ano de 2011, mais precisamente em 26 de abril, comecei minha saga de concursos públicos. Tinha em mente que somente prestaria concurso para Delegado de Polícia, e assim me matriculei em um cursinho específico para esta carreira. Fiquei um ano me preparando para fazer concurso para delegado, e nada de sair o edital dos concursos que eu estava pretendendo fazer (Delegado PE, PB,AL e BA). Foi ai que resolvi prestar outros concursos. O primeiro a fazer foi para AGU (Advogado da União e PFN), resultado: sequer passei na 1ª fase. Não me deixei abalar e também continuei forte nos estudos, pois pretendia ser delegado mesmo. Por volta de Setembro de 2012 saiu o tão esperado edital para Delegado de Polícia de Alagoas, foi neste momento que aumentei o tempo de estudo. A prova foi em novembro de 2012, a para minha felicidade fui aprovado nas provas objetiva e discursiva. Começava o meu tormento, pois a próxima fase era o temido teste físico. Antes de me preparar para o teste físico, resolvi prestar o concurso para Procurador do Município de Maceió, fui aprovado nas fases do certame, mas fiquei fora das vagas e nunca fui nomeado para esse cargo. Mas voltando ao concurso de Delegado de Alagoas. Como o resultado das provas só saiu em Dezembro, achei que teria muito tempo para me preparar para o teste físico e resolvi aproveitar o final de ano (me gabando de já ser ?delegado?), deixando para treinar somente em janeiro, daí o meu primeiro erro em concurso. Em 08 de janeiro saiu o edital convocando para o teste físico que seria realizado em Maceió já na próxima semana. Entrei em desespero, pois exigiam que o candidato fizesse 03 testes de barra, 36 abdominais em 01 minuto e corrida de 2.400 km (eu sequer fazia 02 barras ou conseguia fazer 20 abdominais), resultado: REPROVEI no teste de barra. Fiquei muito triste, mas os amigo e família (pai, mãe, irmão e namorada) me deram muito apoio e não deixaram eu desistir da minha saga ?concursal?. Já no dia seguinte a essa reprovação, foi publicado o edital para Delegado de Polícia da Bahia, fiz a inscrição e intensifiquei nos estudos. Só que dessa vez pensei comigo: ?nesse vou chagar no teste físico com fôlego de atleta?. Foi o que fiz, concomitantemente aos estudos todos os dias ia para academia e treinava corrida, barra e abdominal. Fiz as provas e fui aprovado na fase objetiva e subjetiva, mas estava tranquilo, pois vinha me preparando para o teste físico. O teste físico foi marcado para a primeira semana de julho. Detalhe,  logo após o são João. Então no período de festa junina eu ia para as festas, mas de manhã já estava na academia. Chegou o dia da prova, e com ela toda minha ansiedade, mas graças a Deus fui muito bem no teste físico e fui aprovado. Pulei de alegria, pois tinha superado minha derrota no certame anterior. Mas veio outro baque, quando fui fazer os exames médicos do concurso de Delegado da Bahia, o laboratório que fiz os exames de análises clínicas não observou o exigido no edital (não fez o exame de fezes pelo método Bearman) e o resultado foi minha reprovação (kkkkkk). Acreditem, fui reprovado no exame de fezes!. Foi a primeira vez que chorei por causa de um concurso, fiquei muito triste. Recorri administrativamente, mas não obtive êxito. Daí tive que buscar o Judiciário, acabei sendo reconvocado para fazer os exames e fui considerado apto. Todavia, já se passava muito tempo e esse concurso não ?andava?. Foi nesse ínterim que resolvi estudar somente para Magistratura e Ministério Público e comecei a me preparar especificamente para estes certames, fazendo cursinho específico inclusive. Meu primeiro concurso foi o TRF5 (Juiz Federal) e para minha surpresa passei na 1ª fase. Me preparei para 2ª fase (discursiva e sentenças) por volta de dois meses, mas mesmo assim fui reprovado logo na discursiva. Percebi que valeu a pena, pois no primeiro concurso para Juiz passei logo na 1ª fase. Logo depois veio o concurso para o TJPE 2013, e sequer passei na primeira fase. Voltando a estaca zero!. Fiquei seis meses estudando muito intenso para fazer outros concursos da Magistratura e MP, foi aí que em dezembro de 2013 saiu o edital do TJMG, tinha quatro meses pra me preparar entre o edital e a prova. Fiz 90 pontos na prova objetiva, de um total de 100. Fiquei muito contente e aumentei os estudos para segunda fase. Quando fiz a segunda fase passei na discursiva, nova alegria!. Passei na sentença cível, mas...reprovei na sentença penal. Nova tristeza. Daí veio os concursos para Juiz do Ceará e Promotor do Pará. No MPPA passei em 2º lugar na objetiva, e fui fazer a segunda fase. E para minha alegria consegui ser aprovado na segunda fase. Tinha chegado a ?temida? prova oral. Me preparei bem para prova oral, meu irmão era meu examinador, e graças a Deus consegui ser aprovado na prova oral e também ser aprovado no concurso para Promotor de Justiça do MPPA, mas não passei dentro das vagas previstas no edital e ainda não fui nomeado. Daí só foi glória, pois no concurso para Juiz do TJCE passei na objetiva, passei na discursiva, e para minha felicidade passei nas sentenças. Outra prova oral em vista e num concurso que eu sonhava, já que o Ceará é vizinho do meu Estado natal (Pernambuco). Me preparei intensamente para prova oral, mais até que para o MPPA, e o resultado foi uma tão sonhada aprovação para o cargo de Juiz de Direito do TJCE. Detalhe, desta vez dentro das vagas (15º lugar).
É isso caros colegas, nunca desistam dos seus sonhos, por mais difícil que ele possa parecer. Também não se deixe abater pelos tropeços na caminhada, pois tenho certeza que você será aprovado no seu tão sonhado concurso público.
A seguir, de forma humilde tentarei passar uma singela dica para vocês que ainda estão nessa ?batalha?.
Como estudar?
Uma dúvida dos concurseiros é como estudar. Não existe uma fórmula mágica, mas sim métodos mais e menos eficientes. Para mim funcionou a seguinte estratégia:
Sempre fiz cursinho preparatório, de preferência especifico para o cargo almejado. Detalhe, um bom caderno de anotação faz a diferença. Eu anotava tudo de relevante que os professores ensinavam, e depois era só revisar (próximo das provas). A tarde eu estudava doutrina de professores renomados, dê preferência aos manuais voltados para concurso público.  Ademais, é imprescindível a leitura da lei seca (ler com atenção e várias vezes) (CF, CPC, CC, CP, CPP e legislação extravagante). Uma dica é ao terminar de estudar um assunto ler os dispositivos legais correspondentes. Por exemplo, terminou de estudar licitação estudar a lei 8.666/93 (ler, reler, ?triler?, até decorar). Também é extremamente necessário ler as sumulas do STJ e STF, as vinculantes inclusive. Também é imprescindível a leitura de jurisprudência dos tribunais superiores. No STF ler também as repercussões gerais com mérito julgado. Outra questão bastante importante é criar um cronograma de estudos, de modo que todas as matérias do edital sejam estudadas. Não se esquecer de estudar aos sábados, domingos e feriados, mas sempre tendo uma horinha de lazer. É isso colegas, acredito que ao seguirem estas dicas com afinco certamente lograrão êxito no concurso pretendido.
Alguns colegas que estão iniciando na vida de concurseiro sempre me perguntam por qual livro estudar, digo que aquele que ele melhor se adaptar, mas sempre voltados para concursos. Segue algumas dicas:
Penal: Rogério Greco, Cesar R. Bitencourt, Cleber Masson, Rogério Sanches Cunha.
Processo Penal: Norberto Avena, Nestor Távora, Renato Brasileiro.
Processo Civil: Marcos Vinícius Rios Gonçalves, Fredie Didier, Marinoni.
Civil: Carlos Roberto Gonçalves, Pablo Stolze, Flávio Tartuce.
Empresarial: Andre Santa Cruz Ramos, Fabio Ulhoa Coelho
Constitucional: Dirley da Cunha Jr., Pedro Lenza, Marcelo Novelino, Gilmar Ferreira Mendes.
Administrativo: José dos Santos Carvalho Filho, Fernanda Marinela, Celso Antônio Bandeira de Melo (prova CESPE/UNB), Marcelo Alexandrino.
Tributário: Eduardo Sabbag, Ricardo Lobo Torres, Ricardo Alexandre.
Ambiental: Romeu Thomé, Frederico Amado.
As demais matérias existem muitas sinopses voltadas para concurso público que, a meu ver, atendem as expectativas.

Espero que com esse pequeno e singelo texto possa motivar e ajudar os meus colegas concurseiros. Boa sorte a todos! 
                                                                                     Thiago Pacheco Cavalcanti, 20/06/2015

Bom final de semana meus amigos. 

Eduardo



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