Se tem algo que me deixa chateado quando corrijo alguma prova de concurso que prestei é descobrir que errei alguma questão de bobeira, ou seja, errei questões que eu sabia a resposta, que em dias “normais” eu não erraria de jeito nenhum, mas que na prova, sei lá por qual motivo, acabei errando.
Todos vocês devem saber como é o mistro de frustração, raiva, decepção e tudo o mais que se sente nessas ocasiões, acompanhadas do clássico “eu deveria ter prestado um pouco mais de atenção”. Você olha para aquelas questões e não entende de jeito nenhum o que passou pela sua cabeça para interpretá-las de forma tão diferente do que interpretaria normalmente para levá-lo a marcar uma resposta errada.
Pelo que já conversei com centenas de concurseiros, esse tipo de coisa é mais comum do que imaginamos e, graças a Deus, tende a diminuir com o tempo e a experiência até um dia deixar de acontecer. Portanto, esse tipo de coisa é natural de acontecer, sabe-se lá porquê.
Nesse feriado mesmo, na prova do MPOG, errei duas questões de pura bobeira. Ontem, quando estava preparando e interpondo alguns recursos, tirei alguns minutos para analisar com cuidado as questões e tentar relembrar como as li e interpretei no dia da prova, tentando entender como as pude ter errado. Não consegui.
Tudo bem que isso acontece com todo mundo, que tende a diminuir até não acontecer mais e blá blá blá, mas saber de nada disso ajuda a diminuir a sensação que ainda sinto de “putz, sou mesmo um idiota por ter errado essas duas questões”.
Tenho por mim que os principais ingredientes que causam esse problema é um mix de ansiedade, pressão, pressa e autoconfiança exagerada. Analisem comigo. Ficamos ansiosos quando estamos prestando alguma prova de concurso, isso é fato e acontece em maior ou menor grau com absolutamente qualquer concurseiro, e a ansiedade é impaciência, nos leva a querer que algo termine logo. Quanto à pressão nem precisaria falar dela, nossa velha parceira de todos os dias, pressão de nós mesmos, de familares, de amigos, da sociedade. A pressa vem por conta das muitas questões a responder e do pouco tempo disponível, do receio de não conseguir fazer tudo a tempo, de chegar ao final do tempo de prova sem ter respondido tudo ou marcado a folha de respostas. Finalmente a autoconfiança exagerada, comum tanto entre concurseiros iniciantes quanto em concurseiros mais experientes, em maior e menor grau, algo que nos fazer ler questões e alternativas de resposta superficialmente com aquele gostinho de “essa é fácil”. Juntem tudo isso, meus amigos, e temos uma boa explicação, dentre as várias possíveis, para errarmos questões de bobeira.
Resumo da ópera - Apesar de sabermos que todos mundo erra questões de bobeira, concurseiros mais ou menos experientes, com mais ou menos bagagem de estudo, nos sentimentos sozinhos quando isso acontece com a gente. A sensação é de que somos os únicos idiotas-burros-imbecis que erraram questões de bobeira … e isso é doloroso, meus amigos, frustrante, vergonhoso. Mas vida de concurseiro tem mesmo essas pedras. É errando que aprendemos a errar menos da próxima vez até que não erremos mais. O que importa é aprendermos com nossos erros e continuarmos lutando até a posse.
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