Perseverança é a palavra que define grande parte dos concurseiros do país. Após seis anos de determinação e tentativas, o assistente de alunos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Ícaro Rammon, de 23 anos, não se deixou abalar pelas tentativas frustradas. Estabilizado e trabalhando como funcionário publico, Ícaro decidiu contar à FOLHA DIRIGIDA, com entusiasmo, o momento único que foi saber da sua aprovação e o que viveu até chegar ao seu objetivo.
Nascido no interior da Bahia, desde cedo via o contraste existente dentro da sua família. Segundo Ícaro, a distinção era clara quando comparava os tios maternos, funcionários públicos, e a família do pai, em sua grande parte comerciantes.
Formado como tecnólogo de Gestão Pública, ele conta que aos 17 anos foi aprovado no primeiro concurso público, e hoje, como assistente, vê a realização de um sonho de vida. Ao ser aprovado na primeira seleção, faltava um mês para completar 18 anos. Ao chegar para tomar posse no cargo e dizer sua idade gerou problema e comoção. O diretor da instituição prorrogou a data da posse por um mês. ?Quando fiz 18 anos, assumi meu primeiro cargo público, mesmo que temporário. Já era uma vitória?, contou.
Sua maior dificuldade, no início das tentativas, era a falta de êxito. ?As reprovações eram a dificuldade no início.? Segundo ele, começar com resultados negativos não o deixava à vontade para continuar a tentar. Ícaro lembra que logo que saiu do ensino médio começou a fazer graduação em Economia, mas, sem incentivo, cursou apenas meio período e abandonou a faculdade. Decidiu fazer concurso público, inicialmente, para todas as áreas, sem foco em uma específica. ?Assim que abandonei a faculdade, fazia qualquer concurso que estivesse à minha frente. Isso não dá acerto!?, brinca. Com o passar do tempo, foi percebendo a necessidade de direção nos estudos, e optou por cargos específicos. A área administrativa foi a sua escolhida. Com desejo de concorrer a vagas de nível superior, começou a cursar a graduação de Tecnólogo de Gestão Pública, a distância. Ícaro sabia que podia melhorar de vida. ?Não me agradava muito saber que os concursos eram para temporários. Não tinha estabilidade.?
Com um grande número de dificuldades, o atual assistente de alunos foi trabalhar no comércio. Saída encontrada já que os concursos, de regime temporário, que havia feito tiveram os contratos vencidos. Ele dividia sua rotina de estudos com as tarefas do dia a dia. Estudava pela manhã, ao acordar, no intervalo de almoço e quando chegava em casa. Todo o tempo que aparecia, segundo ele, era o momento ideial. Como em todas as provas, as dificuldades começaram a aparecer. ?A noite era o horário mais cansativo, porque eu chegava da rotina do comércio, que não é fácil, e tinha de estudar?, lembra Ícaro.
Diante da jornada dupla, de trabalho e estudo, o atual funcionário na UFPB não deixava sua vida familiar e social de lado. Ao contrário de muitos concurseiros, algumas vezes no fim de semana dividia espaço entre estudo e lazer. ?O sábado é o melhor dia. Nunca tive problemas para dividir minha rotina de estudos e diversão, sempre administrei bem isso.? Duas pessoas ajudaram muito na decisão de Ícaro. A rotina tinha que ser intensificada, a prova estava próxima e precisava de dedicação. Na época do concurso da UFPB, ele morava com a namorada. ?Para fazer a prova da UFPB, saí do emprego. Minha mãe e minha namorada me sustentaram nesse período?, lembra Ícaro, acrescentando: ?Ou passava ou passava. Não tinha escolha, porque eu precisava desse emprego. Foram três meses intensos.? Além do incentivo que recebeu da família, o desejo da estabilidade empregatícia e uma memória de infância o ajudaram a seguir tentando a carreira pública. ?Desde pequeno eu achava o símbolo da República bonito?, contou Ícaro.
No concurso da UFPB houve duas provas. Uma pela manhã e a outra à tarde. A notícia da sua aprovação veio de forma inesperada. ?No princípio houve uma surpresa, já que imaginei ter ido bem na prova da manhã, para 32 vagas, e quando fui ver a nota me deparei com a desclassificação. Na prova da tarde, para apenas uma vaga, não sabia se tinha ido tão bem. Olhei e estava em segundo lugar.?
Ele seria o próximo da chamada. Bastava esperar um pouco, o que para Ícaro pareceu uma eternidade. ?A candidata que estava à minha frente passou para outro cargo e, já que o salário era maior, assumiu esse outro. Aí eu fui chamado!?.
?Foi um concurso que marcou, sem sombra de dúvidas, a minha vida. Eu achava que começaria a carreira pública em órgãos municipais, depois estaduais, e por fim, federais. Já comecei no último órgão público?, brinca Ícaro, que iniciou as atividades em abril de 2013. Agora, ele pretende fazer graduação em Direito, para dar aulas. ?Quero viver do meu cargo público e dar aula só por prazer.?
Fonte: Folha Dirigidaloading...
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