
Acho que li em maio um artigo do nosso concurseiro solitário que classificava os concurseiros em três categorias O “falso concurseiro”, o “fazedor de concurso” e o legitimo “concurseiro”.
Acredito que há pessoas que passam por todas estas três categorias como se fossem fases, na ordem apresentada, porém passei por elas de forma diferente.
Logo que escolhi está estrada, fui uma concurseira séria (a legitima) estudava com afinco, mas pelos materiais errados, com apostilas de baixa qualidade, era uma concurseira com sede que não tinha consciência de que estava no deserto. Resultado: Apesar de estudar muito, não consegui lograr um resultado positivo. Isso me assustou. Pensei: O que está acontecendo de errado? Eu sempre me considerei inteligente e não consegui nem ao menos ser classificada! Será que eu sou tão burra e incapaz?
Hoje sei quais foram meus erros, todavia naquela época, não entendia o q estava acontecendo.
Depois creio que passei pela fase do “falso concurseiro”. Todos sabiam que eu tinha entrado na guerra dos concursos e para manter minha imagem, apesar de não acreditar mais, continuei fazendo concurso. Nesse ínterim conheci pessoas que me deram dicas, tive acesso a bons livros e sites, comecei a perceber meus erros e aprendi onde encontrar material de qualidade. Mas nesse ponto o mal já estava feito, eu sabia onde estava a fonte, mas faltavam forças para atravessar o deserto.
Transpus algumas experiências ruins, noites mal dormidas, sentimento de culpa, dinheiro desperdiçado e tempo perdido. Pensei que houvesse encontrado a força necessária para lutar, entretanto ainda não obtinha o resultado esperado.
Certo dia conversando com uma colega que tem problemas com o peso, ela me relatou que através de sua analista descobriu que estava com um sério problema, o chamado “auto boicote". Para ir de sua casa para o trabalho ela poderia escolher entre dois caminhos e percebeu que quando estava de regime, escolhia sempre o caminho por onde teria que passar por uma tentadora lanchonete. Podem imaginar o resultado? Ela percebeu que fazia isso inconscientemente. Parece algo masoquista. Não? Pensei: Como é possível uma pessoa normal fazer algo que vai lhe fazer mal? Será que Freud explica!?
Aquilo me deu um estalo. Uma seqüência de cenas passou pela minha cabeça. Estava em casa tentando estudar:
- Começava a estudar pelas matérias mais “cascudas”, resultado quando chegava ás matérias de minha predileção, minha mente estava saturada;- Marcava para estudar em horários impróprios, em que com certeza seria interrompida e inventava mil desculpas para atrasar o inicio da hora marcada para estudar;- Sempre me esquecia de pegar uma caneta ou lápis ou apostila, isto me levava a levantar para pegá-los e até voltar a sentar havia se passado meia hora ou mais;Em algumas vezes começava a estudar e de repente lembrava-me de algo pendente para fazer e não conseguia me concentrar até parar e terminar o que estava pendente.
No final das contas rendia poucas horas liquidas de estudo. Naquele momento percebi que sofria do mesmo mal. Sabia onde estava a água, conhecia o caminho, mas ficava caindo nas tentações que surgiam pelo caminho e ainda criei desvios que me fizerem perder de vista meu objetivo.
Eu estava passado pela “auto-sabotagem”! E para meu desespero me dei conta que não era somente com relação aos concursos, mas também em outras áreas de minha vida. Quantas coisas deixei de fazer por medo de me machucar? Quanto abdiquei de minha vida por medo de mudar?
Sempre culpava o trabalho, a família que não me deixava estudar, a falta de dinheiro para comprar o material necessário, falta de tempo para me dedicar. Destarte a culpa não era minha e sim da confluência de diversos fatores que me impediam de explorar todo meu potencial. Estava mentindo para mim mesma.
Era mais fácil colocar culpa em outros. Minha desvairada psique para me proteger impedia-me de estudar. Acho que acreditava lá no fundo que agora que eu conhecia o caminho, se por acaso eu o percorresse e não conseguisse beber da água da fonte então poderia constatar minha inépcia. Melhor viver com uma indulgente quimera do que com a inexorável verdade!
Quando você está acostumado a vencer o medo de perder é deveras assustador! Assim era melhor me iludir culpando a vida. Para não voltar a cair nesta armadilha é uma luta tremenda. Mas vou conseguir!
Resumo da ópera - Hoje acredito que estou em processo de cura. Estou deixando de ser uma “fazedora de concurso” e estou me transformando em uma concurseira de verdade.
Juliana Chaves, mais uma concurseira solitária.loading...
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