O que aconteceu? A dureza de errar questões fáceis de assuntos que se sabia muito bem
Concursos Públicos

O que aconteceu? A dureza de errar questões fáceis de assuntos que se sabia muito bem


“O que foi que aconteceu? O que eu faço? Errei dezesseis questões na prova do concurso da SMA que eu sabia, acredita? Não sei o que acontece. No STF foi do mesmo jeito. Sei que não é desculpa, mas tenho um filho e como julho foi férias, não consegui estudar direito para essa prova. Sendo sincera, não acho que tenha sido uma prova difícil. Uma amiga disse que é porque estou estudando muito e na hora da prova gasto meus neurônios preocupada com as questões mais difíceis e não sobra tempo para as mais fáceis”

Como diz Jack, o Estripador, vamos por partes. Para entendermos um pouco melhor o que está acontecendo com você, usemos o método da desconstrução.

1º pedaço – “Errei 16 questões na prova do concurso da SMA que eu sabia, acredita? Sendo sincera, não acho que tenha sido uma prova difícil”.

Claro que acredito que tenha acontecido isso com você, porque aconteceu comigo também. Errei três questões que depois que revi a prova quando saiu o gabarito, queria morrer, pois eram questões que tratavam de assuntos que eu sabia, que eu tinha estudado com atenção e que, portanto, eu nunca poderia ter errado.

E não pense que somente você e eu passamos por isso. A maioria dos concurseiros que presta qualquer concurso passa por isso em maior ou menor grau.

Já ganhei alguns fios de cabelo branco pensando nisso, analisando a questão, tentando encontrar uma resposta e um meio de evitar que aconteça novamente. Ainda não desvendei completamente o mistério, mas minha melhor explicação até o momento é que se trata de uma mistura fatal de desatenção, pressa, falta de disciplina e estresse de prova. Vejamos. A desatenção e a pressa não nos permite sacar que uma questão trata de algo que sabemos bem e que, portanto, para nós é de fácil resolução, o estresse de prova é catalizador da desatenção e da pressa, e a falta de disciplina de disciplina ao não revermos detidamente cada prova de concurso que fazemos, pinçarmos as questões desse tipo e façamos um apanhado para sempre dar uma olhada para nunca mais nos esquecermos delas e de como as erramos de bobeira.

Hoje erro muito menos questões que tratam de pontos de matéria que sei, do que errava há alguns meses e consegui fazer isso adotando técnicas simples. Para combater a desatenção, me disciplinei a ler cada questão da prova com a máxima atenção e sem correria pelo menos duas vezes. Para combater a pressa, respiro fundo e controlo o tempo com cuidado. Para combater o estresse, procuro relaxar no dia anterior à prova (sem deixar de estudar), dormir mais cedo, ter alimentação leve e mudar a forma de encarar a batalha das provas. A disciplina passei a ter na marra e agora tenho um belo caderno só para questões que errei sabendo a matéria e que tem o sugestivo nome de “Para nunca mais cometer a mesma cagada”. Não consegui ainda eliminar totalmente o problema, mas usando esse método, consegui minimiza-lo a níveis, digamos, aceitáveis.

2º pedaço – “No STF foi do mesmo jeito”.

Idem comigo também e com toda a maioria de concurseiros sérios que sofrem com o mesmo problema e prestaram esse concurso.

Por isso é muito importante tratar esse problema com muita seriedade, para evitar que concurso após concurso ele seja fonte de frustração e de preciosos pontos perdidos.

3º pedaço – “Sei que não é desculpa, mas tenho um filho e como julho foi férias, não consegui estudar direito para a prova da SMA”.

Minha mãe que não leia isso! (risos)

Não acho que seja desculpa fajuta e, muito menos, que não seja realmente um fato que comprometeu seus estudos para esse concurso. Filhos dão trabalho, ainda mais em época de férias. Digo por experiência própria, pois eu era uma tristeza em época de férias, faltava destruir a casa.

Agora, não acho que você deva se culpar por ter desviado tempo de estudo para cuidar de seu filho, que no final é uma das coisas mais importantes em sua vida. Esse tipo de desvio é um dos poucos que são plenamente justificados para não estudar direito e que nunca deve ser motivo de recriminação.

Minha sugestão é que você faça como muitas concurseiras e concurseiros que também são mães e pais. Tire um tempinho para bolar um esquema de estudo para finais de semana, feriados e férias quando os filhos estão em casa. Mesmo que o tempo disponível para estudo nesses dias seja menor, com um bom planejamento você poderá aproveita-los totalmente e com alto rendimento, compensando com a qualidade a falta de quantidade.

4º pedaço – “Uma amiga disse que é porque estou estudando muito e na hora da prova gasto meus neurônios preocupada com as questões mais difíceis e não sobra tempo para as mais fáceis”.

Em primeiro lugar, sua amiga está juntando duas coisas completamente diferentes e desconexas e, portanto, você deve ignorar o que ela disse, pois é a mais pura bobagem.

Em segundo lugar, estudar muito nunca foi, é ou será problema. Se a pessoa estuda sem deixar de lado a saúde, as sagradas horas de sono, a boa alimentação e as atividades físicas, não há problema algum estudar 10 horas todos os dias, 360 dias por ano. Claro, tudo depende também da boa atitude da pessoa em relação aos estudos.

Em terceiro lugar, pode, sim, ser o caso de você estar perdendo muito tempo com as questões que julga mais difíceis e pouco tempo com as questões que julga serem mais fáceis. Se isso realmente está acontecendo, somente você pode dizer. Se estiver acontecendo, basta fazer como eu disse, passe a controlar o tempo de prova com muito cuidado, de modo a ter tempo suficiente para ler com atenção pelo menos duas vezes com calma as questões que julga serem mais fáceis e mais tempo para as questões que julga serem mais difíceis.

5º pedaço – “Não sei o que acontece”.

Agora sabe. Você sofre da falta de uma melhor estratégia de fazer prova e de um método para controlar o grande número de questões que erra mesmo sabendo a matéria.

6º pedaço - “O que foi que aconteceu?”

Aconteceu algo muito bom, você identificou um problema grave que está te atrapalhando a vida e está procurando um meio de se livrar dele.

7º pedaço - O que eu faço?”

Agora que você sabe melhor o que está acontecendo e tem algumas sugestões de como resolver o problema, é só analisar com cuidado esses pontos, meditar um pouco sobre o assunto e implementar sua própria estratégia e método. Depois disso, nunca mais precisará se lamentar por errar tantas questões que sabe que teria condições de acertar “com os pés nas costas”.

Resumo da ópera – Vida de concurseiro é assim mesmo, são problemas que se sucedem e que requerem soluções urgentes para que deixem de afetar negativamente nosso desempenho e nossas chances nessa guerra. Feliz daqueles que identificam esses problemas e procuraram solucioná-los, pois há muitos bons concurseiros que não fazem isso, assistem as frustrações se acumularem e acabam sofrendo mais do que deviam para obter a sonhada posse em cargo público, ou pior, acabam desistindo dessa guerra que lhe garantiria satisfação pessoal, profissional e financeira.



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A violação dos direitos autorais é punível como crime, com pena de prisão e multa, além de indenizações civis em dinheiro por uso indevido e não autorizado de material protegido.

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AVISO 1 - Quem se interessar pelo cargo de Ofícial de Justiça, dê uma olhadinha no artigo publicado hoje no blog do Professor Douglas e que trata do assunto. O link é www.professordouglas.com

AVISO 2 - Se você acha que não precisa estudar matemática básica para as provas de concurso que cobram a matéria, então você precisa ler esse artigo no blog do concurseiro Alê. www.blogdoconcurseiroale.blogspot.com

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Simulado RI-STJ #5

1 – Mesmo estando em licença médica o Ministro poderá proferir decisões em processos de que, antes da licença, haja pedido vista, ou que tenha recebido o seu visto como relator ou revisor.

2 – Nas ausências ou impedimentos eventuais ou temporários, o Presidente do Tribunal será substituído pelo Vice-Presidente, na ordem crescente de antigüidade.

3 - O Relator será sempre substituído, quando vencido em sessão de julgamento, pelo Ministro designado para redigir o acórdão.

4 – O Relator é substituído em caso de ausência por mais de trinta dias, pelo revisor.

5 - O revisor é substituído, em caso de vaga, impedimento ou licença por mais de trinta dias, na Corte Especial, Seção ou Turma, pelo Ministro que o seguir em antigüidade.

6 – Quando o afastamento do ministro for superior a três dias, serão redistribuídos, mediante compensação, os habeas corpus, os mandados de segurança, os habeas data e as medidas cautelares.

7 - Para completar quorum em uma das Seções, serão convocados Ministros de outra Seção, e, em uma das Turmas, Ministros de outra Turma, de preferência da mesma Seção, observada, quando possível, a ordem de antigüidade, de modo a que a substituição seja feita por Ministro que ocupe, em sua Seção ou Turma, posição correspondente à do substituído.

8 – O magistrado convocado para substituir Ministro, receberá a diferença de vencimento correspondente ao cargo de Ministro, inclusive diárias e transporte, se for o caso, quando a substituição for superior a trinta dias.

9 - Em caso de transferência do Ministro relator para outra Seção, salvo quanto aos processos em que tiver lançado seu visto, e, bem assim, quando de aposentadoria, exoneração ou morte, será feito nova redistribuição.

10 - O Ministro licenciado pode reassumir o cargo, a qualquer tempo, entendendo-se que desistiu do restante do prazo.

ATENÇÃO - O gabarito para esse simulado será publicado amanhã. Não perca.

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PERGUNTA DO DIA

Como você lida com a situação de descobrir que errou em prova questões de matérias que sabia muito bem e que não deveria ter errado? Questões que errou de bobeira pura, por falta de atenção, por engano, seja o que for. Como você lida com esse problema e faz para evitar que se repita no futuro?
Essa pergunta deve ser respondida em nossa comunidade no Orkut. Basta clicar no homenzinho ai em cima (você precisa estar conectado no Orkut em outra janela de navegador para ser levado à página de resposta).

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Clipe do dia



Gabriella Cilmi é uma cantora australiana de apenas 16 anos recém-chegada ao cenário musical internacional e que chegou fazendo o maior barulho e sendo comparada com um novo fenômeno de vendagens como Amy Winehouse sem, porém, ter o comportamento rebelde e os problemas com drogas e alcoolismo. "Sweet about me" é a musica responsável pelo sucesso repentino e merecido da garota, lançado na europa faz alguns meses, em março, e que já está nas listas das mais tocadas nos EUA e no Velho Continente, além de ser música de fundo de um novo comercial dos sabonetes Dove por lá.



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