De novo ...
Concursos Públicos

De novo ...


No começo da década de 90 surgiu na TV um seriado infantil de comédia chamado Família Dinossauro, que muitos de vocês devem se lembrar, na qual havia o Baby, o bebê dinossauro da família, que tinha a mania de repetir “de novo” sempre que acontecia algo de que ele gostava. O Baby era jogado para cima, ele pedia “de novo”. O Baby via alguém levar uma porretada na cabeça, ele pedia “de novo”. Daí ter virado mania, por algum tempo e em alguns lugares, das pessoas dizerem “de novo” sempre que acontecia algo que achavam engraçado, só para fazer piada.

Pois bem, hoje é o que chamo de dia do “de novo”, pois hoje começo a estudar para o próximo concurso que vou prestar, o do Ministério da Fazenda.

Esses dias do “de novo” não são lá muito fáceis, não, apesar de parecerem tranqüilos. Digo, no começo da “carreira de concurseiro”, eles são realmente mais fáceis, mas com o passar do tempo vão ficando cada vez mais difíceis, pois significam que o sucesso ainda não foi alcançado. É nesse momento que entra o fator “motivação”. Se o concurseiro está motivado, este dia será encarado em sua maior parte pelo lado positivo de que a luta continua, de que só não há mais esperança quando não há luta. Agora, se o concurseiro está desmotivado, este dia será um verdadeiro inferno astral, um dia para remoer todos os fracassos e insucessos obtidos na guerra os concursos públicos, dia de se culpar e de sentir pena de si mesmo.

Não é à toa que muita gente que um dia resolve encarar concursos públicos desiste depois da segunda, no máximo da terceira, tentativa frustrada, porque não é mesmo fácil recomeçar a estudar concurso após concurso. Seguindo a máxima do famoso William Douglas, "concurso não se faz para passar, mas até passar", o concurseiro sério é aquele que se levanta após cada luta e continua treinando para a próxima até o dia em que vence a guerra e pode, então e só então, se dar ao luxo de dizer “venci, não preciso mais lutar”.

Mas de onde tirar motivação para recomeçar a lutar após tantas lutas?” Muitos concurseiros que já prestaram mais de meia dúzia de concursos públicos se perguntam isso. A resposta é simples, na verdade tão simples que até passa despercebida. Tira-se motivação do mesmo lutar de onde se tirou a primeira vez. Pare e pense, por que motivo, afinal de conta, um belo dia você decidiu empregar todo seu esforço para estudar para concursos públicos? Lembre-se do que o motivava a estudar para o primeiro concurso que você prestou e também da sua animação, da vontade de descobrir as técnicas mágicas que permitiriam que você tivesse sucesso rapidamente, da sua confiança em si mesmo. Basta se lembrar de tudo isso e se fazer sentir tudo novamente. Alguns, melhor, muitos vão dizer que fazer isso não é nada fácil ... e o que há de fácil nessa vida para quem quer fazer as coisas honestamente?!

A guerra que lutamos é sangrenta, muitos são os concurseiros que ficam pelo caminho, muitos desistem sem vitória alguma, outros desistem depois da primeira vitória (que, geralmente, não é lá tão boa em termos financeiros), mas são os que perseveram, os que continuam lutando apesar das porradas, os que não têm medo dos seus dias de “de novo”, que vão no final formam a tropa de elite que realmente concorrem às vagas oferecidas nos concursos públicos. É como na corrida de São Silvestre, no finalzinho há o grupo de elite lá na frente lutando pelos três primeiros lugares, enquanto centenas de metros atrás está todo o resto. O que faz um corredor passar do “todo o resto” para o grupo de elite? Superação, corridas e corridas na bagagem, treino, luta, tudo isso.

Resumo da ópera – Hoje vou organizar meu material de estudo para o concurso do Ministério da Fazenda, ler com cuidado mais uma vez o edital, preparar um planejamento de estudo, enfim, vou criar minha estratégia de batalha e ainda vou começar a estudar a matéria. Faço isso porque tenho certeza de que no final todo o esforço valerá a pena, muito a pena.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

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CLIPE DO DIA

Para quem não se lembra ou conheceu o Baby.




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