Terminemos hoje o que foi começado ontem, a análise do edital do concurso recém lançado do Ministério da Fazenda.
NOMEAÇÃO E DA LOTAÇÃO
Uma pergunta recorrente a muitos concurseiros interessados em prestar esse concurso e como se dará a lotação, ou seja, como será decidido em que cidade cada aprovado exercerá o cargo, já que as vagas são gerais para cada estado.
12.1.1 - O exercício dos candidatos aprovados e classificados, dentro do número de vagas oferecido neste Edital, dar-se-á, de acordo com a ordem classificatória, nas unidades do Ministério da Fazenda localizadas em municípios da Unidade da Federação pelas quais optaram por concorrer, ou em Brasília, no caso de opção pelo DF.
De acordo com esse item do edital, os candidatos aprovados escolherão em que cidade querem exercer o cargo de acordo com a classificação, ou seja, o primeiro colocado escolhe primeiro, daí o segundo colocado escolhe depois e assim por diante.
Há também uma ressalva importante, que muitos concurseiros não levam em consideração, de que “o candidato nomeado apresentar-se-á para posse e exercício às suas expensas”. Ou seja, foi empossado para exercício numa cidade na outra ponta do estado, terá de ir para lá e se instalar no lugar por conta própria, sem nenhum tipo de ajuda do governo federal.
Os candidatos aprovados fora do numero de vagas formarão um tipo de lista de espera, podendo ser chamados eventualmente e isso acontece com muita freqüência.
DISPOSIÇÕES FINAIS
Aqui o mais importante é o item que trata da validade do concurso, nesse caso de 1 ano. Considerando que esse prazo pode ser renovado, temos então que os candidatos aprovados fora do número de vagas poderão ser nomeados dentro do prazo de 2 anos, após esse período o concurso expira e isso não pode mais acontecer.
PROGRAMA
Antes de começar, tenham em mente que a ESAF é a banca de concursos considerada por professores e concurseiros como uma das mais completas e complexas. Os caras cobram tanto lei seca quanto doutrina em questões longas, que requerem muita atenção na leitura e análise.
Já prestei dois concursos promovidos pela ESAF, como já disse, para nível superior e o osso foi duríssimo de roer. As questões da banca são do tipo “múltipla escolha” com um comando de questão e cinco alternativas. Costumo dizer que com a ESAF você não marca a opção certa ou errada, mas a mais certa ou mais errada. Exatamente. Os caras têm mania de deixar duas opções muito parecidas, ambas com cara de certa ou errada, só que por algum detalhezinho, uma é mais certa ou mais errada que a outra, respondendo melhor, portanto, o comando da questão.
LÍNGUA PORTUGUESA
“Ah, são apenas seis itens”, dirão muitos concurseiros lerdos quando derem uma olhada no programa de matérias desse concurso. Só que esses “apenas seis itens” abarcam, praticamente, toda a gramática da língua portuguesa. Minha dica para essa matéria é começar fazendo umas três provas de português da banca de concursos do segundo semestre do ano passado para saber o que será preciso estudar mais, se gramática ou interprestação de textos, pois como o tempo disponível para estudo é pouco e a quantidade de matéria é muita, não dá para querer estudar tudo dessa matéria exatamente agora.
RACIOCÍNIO LÓGICO-QUANTITATIVO
Nada de excepcional, o “feijão com arroz” da matéria para concursos públicos. Amada por alguns, odiada por outros, suportada por muitos, vai cair e quem quiser encarar essa batalha terá de estudá-la “sem choro nem vela”. Aqui vale a dica de fazer muitas questões da matéria de provas anteriores da banca.
INFORMÁTICA BÁSICA
Segundo venho lendo ultimamente, parece que a banca vem pegando mais pesado nessa matéria. Daí não dá mesmo para descuidar e achar que o que se sabe de informática dá conta do recado. O que complica nessa matéria é que serão cobrados conhecimentos de Linux, BrOffice e conceitos básicos de redes, os dois primeiros famosos desconhecidos dos usuários de Windows e o último algo complicado com aparência de inocente, que pode ser o bicho-papão dessa matéria na prova.
DIREITO ADMINISTRATIVO E DIREITO CONSTITUCIONAL
Nada de exótico nessa matéria, mas o conteúdo é extenso. O negócio é estudar com cuidado e seriedade essas matérias. Sugiro especial atenção para as leis secas do programa de Administrativo, que deverão ser estudadas a exaustão, bem como controle de constitucionalidade e organização dos Poderes para Constitucional.
DIREITO TRIBUTÁRIO
Gente, nunca estudei essa matéria, então vou repassar as mesmas dicas que venho recebendo de professores e concurseiros mais experientes. Há muita coisa dessa matéria para estudar e como é matéria comum para quem presta concursos para a área fiscal, o negócio é estudar com muita força a danada para tirar o atraso.
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Essa matéria eu já estudei e aviso, preparem-se para lidar com uma infinidade de prazos, limites, exceções e tal, o que me faz considerar essa matéria chatinha de estudar. O estudo é trabalhoso e lento, pois é preciso prestar atenção a muitos detalhes, entender as regras e exceções da regras.
Considerando que terão peso dois nesse concurso Língua Portuguesa e direitos Tributário e Previdenciário, acho prudente dar mais atenção a elas, algo do tipo dedicar 60% do tempo e esforço de estudo para elas e 40% para as outras matérias, que são de peso 1. Vou me sente e pensar com cuidado num programa de estudos para essa matéria e publico nos próximos dias.
Resumo da ópera – Esse concurso não será bolinho, nada disso, será um ossão duro de roer ... mas que concurso não é um osso duro de roer? O negócio para quem for encarar essa nova batalha é ter em mente que a banca é uma das mais exigentes na guerra dos concursos públicos, que os candidatos sérios estarão se preparando com muita força e que para ter chances de vitória é preciso se dedicar de corpo e algo aos estudos. Boa sorte para todos.
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