Concursos: se não fizermos, como sabê-los?

Muitas vezes, até o concurseiro mais centrado fica em dúvida. Tudo parece obscuro. É o momento em que surgem as inseguranças. O concurseiro vira filósofo e questiona o antes, o agora e o depois, como diria Peninha.

Começa a se questionar sobre suas opções de vida. Pensa que está fazendo tudo errado, que fez as piores escolhas. Não sabe mais se deve continuar teimando naquilo que quer ou se deve tomar outro rumo. Fica pensando que já poderia estar empossado se tivesse ouvido seu “eu” interior.

Pensa em como errou. Avalia que não deveria ter ouvido pessoa X e ter ouvido o conselho Y. Ou pensa que não deveria ter ouvido ninguém. Ou se arrepende de não ter estudado como deveria num momento em que só curtiu a vida. Ou se arrepende de ter se sentido pouco confiante num momento em que seria essencial para para estudar e ter sucesso. Enfim, pensa demais!

Alguns resolvem mudar o rumo dos estudos e ficam se perguntando sobre se aquilo será melhor. Duvida sobre se aquela terá sido a melhor escolha para sua vida. Percebam que não estou me referindo a uma única pessoa, mas a um punhado de pessoas cujas vivências cruzam com a minha. São amigos, são leitores. Todos nós, concurseiros, temos dilemas muito semelhantes.

Onde desejo chegar? Bem, quero dizer-lhes que nem sempre a gente tem como prever como será lá na frente. Temos como consultar nossos corações, saber se estamos felizes com as escolhas, as estratégias que fazemos. Temos como saber algumas consequências a que nossos rumos conduzem, mas não todas.

Por isso, parafraseio: “se não fizermos, como sabê-los?” O que não dá é para ficar no imobilismo, deixando a vida passar, deixando as oportunidades passarem por nós. Não podemos ter medo de viver, medo de errar. Deixar de fazer algo porque acha que pode errar é pior que o erro em si.

O discurso parece vago, mas não é. Ele se aplica àquela prova que você se inscreve e depois resolve deixar de fazê-la porque julgou não estar preparado. Aplica-se à mudança de foco no estudo para concursos. Como por exemplo, deixar de tentar Magistratura para tentar área policial. Aplica-se também à decisão de lagar emprego para estudar ou voltar ao mercado de trabalho para custear os estudos.

A vida não tem regra. Não tem receita de bolo. Você precisa consultar seu coração às vezes para tomar as decisões corretas. De vez em quando, precisará arriscar e errar para aprender com esse fato e rumar ao sucesso.

Resumo da Ópera – Concurseiro tem a teimosa mania de querer controlar o futuro.

RAQUEL MONTEIRO é uma legítima concurseira carioca.

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