Rafael: Sou concurseiro sério, mas acho que estou apaixonado desde três semanas atrás e isso está me atrapalhando... o que faço? OBS: não estou sendo correspondido! Obrigado (postado no shoutbox do blog ainda ontem)Pessoas se apaixonam, isso é fato. Porque? Ótima pergunta que ninguém ainda conseguiu responder a contento, sejam poetas, psicólogos, cientistas ou mesmo apaixonados. O que importa é que a paixão surge de forma inesperada e então, meu amigo, é um abraço, porque o apaixonado só tem olhos e pensamentos para a pessoa por quem seu coração bate mais forte.
O que o Rafael diz que está acontecendo com ele pode acontecer com qualquer outro concurseiro ou concurseira ... e acontece. Uma hora se está estudando tranqüilamente, nem passando pela cabeça a solteirisse que se arrasta ao longo dos meses de estudos e que se está disposto a manter até o dia da posse, quando então, num belo dia, surge alguém com um brilho especial e aí, meu amigo, o danado do cupido dá aquela flechada certeira no coração e, pimba, está-se apaixonado.
Mas vamos analisar o que o Rafael disse com cuidado para tentar orientá-lo.
“Sou concurseiro sério” – Hummm, isso é muito bom. Concurseiro sério é aquele tipo de concurseiro que não se engana, que está estudando de verdade, que encara de frente a guerra dos concursos públicos, que não tem medo de levar as porradas necessárias até estar preparado para vencer a luta e ser empossado. Justamente por isso que nosso amigo está incomodado com sua situação de apaixonado, por medo de que um relacionamento afetivo nesse momento possa atrapalhar seu preparo para os concursos públicos, possa transformá-lo em um concurseiro menos sério.
“mas acho que estou apaixonado desde três semanas atrás” – Peraí. Como você “acha” que está apaixonado?! Essas coisas são como ter ido mal em prova de concurso, você tem certeza, não fica achando. Esse “acho” pode ser duas coisas, um indicador de que você realmente não está apaixonado coisa nenhuma ou uma negação do fato de que você realmente está apaixonado.
“e isso está me atrapalhando” – Para bom entendedor meia palavra basta. É claro que o que o está atrapalhando não é o fato de você estar apaixonado em si, mas a culpa de ter se apaixonado num momento que você acredita que deveria estar 110% focado em estudar para concursos públicos.
“o que eu faço?” – Calma que já vamos tratar disso.
“OBS: não estou sendo correspondido!” – Olha aqui outro complicador. Não há um apaixonado que não se sinta mal por não ser correspondido. Só o fato de ser concurseiro já é um facilitador dessa não correspondência, afinal de contas, concurseiro passa a maior parte do tempo estudando, não tem muitos outros assuntos a não ser concursos públicos, não tem grana ou tempo sobrando, e são poucos os homens e mulheres que topam ter um relacionamento afetivo com alguém nessas condições.
Está na cara que o problema do Rafael tem muito mais a ver com o fato dele não estão lidando muito bem com a situação de estar apaixonado nessa fase concurseira da sua vida, do que com o fato de não estar sendo correspondido. Posto isso, chegou a hora de tratar do “o que eu faço?”.
Bem, Rafael, não fique nessa neura de achar que você será um concurseiro menos sério por ter se apaixonado. Isso acontece com muitos concurseiros e concurseiras todos os dias por todo o país. Não temos como controlar nosso coração, como evitar que nos sintamos atraídos por outra pessoa. Isso é natural como respirar, instintivo, não pede licença para nosso lado racional.
Agora, quanto ao não ser correspondido, bem, a vida é assim, nem um pouco justa. É como os concursos públicos mesmo, muitas vezes você estuda e faz seu melhor na prova, mas não está na lista dos nomeados. O que você não pode se permitir é ficar choramingando pelos cantos por conta da paixão não correspondida. É aquela velha história, “sacode a poeira e dá a volta por cima”.
Mas digamos que a pessoa por quem você está apaixonada corresponda a essa paixão ... “E agora, José?”. Nesse caso a primeira coisa a fazer é deixar clara sua condição de concurseiro, sua necessidade de se dedicar muito aos estudos, o motivo de tudo isso e então gerenciar seu pouco tempo livre para dar o máximo de atenção possível a sua nova paixão. Simples assim? Não, não é tão simples, mas vale a pena.
Resumo da ópera – Não é nenhum pecado do concurseiro apaixonar-se e, portanto, não deve haver culpa se isso acontecer. A paixão não tem controle, é inesperada e, realmente, mexe com nossa cabeça. Negá-la é muito pior do que lidar com ela. E, no final das contas, o concurseiro sério deve saber também como lidar com as situações da vida de forma a manter sua qualidade de estudo e não deixar que nada prejudique seu preparo para os concursos públicos, mas, claro, sem prejudicar também outros aspectos da sua vida, já que está tudo interelacionado e o que fazemos de errado numa ponta afeta o todo, inclusive os estudos e a motivação.
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