É dito e repetido por diversos professores, autores e concurseiros sérios que a importância dos editais está em conter as regras dos concursos públicos. Lá estão todas as informações que os candidatos precisam saber para se informar sobre as vagas oferecidas, as fases do concurso, como serão as provas, a contagem de pontos, as matérias a serem estudadas.
“O edital é a lei do concurso público” disse um famoso professor de Direito Administrativo. Por isso mesmo é de suma importância que o concurseiro saiba ler devidamente os editais dos concursos, pois uma leitura mal feita ou superficial pode ser significar frustração e decepção.
Deve-se fazer três leituras do edital, cada uma buscando diferentes informações e com diferentes níveis de detalhamento. Vejamos.
1ª leitura – InformativaO concurseiro fica sabendo da publicação do edital de um novo concurso que parece interessante. A primeira leitura do edital é, justamente, para confirmar se realmente o concurso realmente está dentro de sua área de interesse e deve se concentrar em extrair as seguintes informações:
- O Órgão que está realizando o concurso (se federal, estadual ou municipal, se do executivo, legislativo ou judiciário);- Os cargos que estão sendo oferecidos (se de nível médio ou superior e as atribuições);- As remunerações dos cargos;- Locais de trabalho.Com essas informações, que estão dispensas no edital, o concurseiro terá condições de decidir se o concurso está ou não dentro de sua área de interesse, se oferece uma remuneração compatível com suas pretensões e/ou se o local de trabalho é de seu interesse. Após essa leitura rápida, o concurseiro terá condições e decidir se aquele concurso realmente é interessante para ele ou não.
2ª leitura – “Deciditiva”Se após a primeira leitura o concurseiro se convence de que o concurso está dentro de sua área de interesse, chegou a hora de fazer uma segunda leitura do edital, dessa vez procurando informações que irão ajudar na decisão de fazer ou não sua inscrição.
- Data e local da prova;- Fases do concurso;- Matérias que serão cobradas nas provas.Com essas informações, o concurseiro poderá determinar se o concurso não coincidirá com outros concursos que lhe sejam mais interessante ou em que já esteja inscrito, se o acesso ao local de prova não é muito custoso (em termos de custos e facilidade de acesso) e, principalmente, se as matérias a serem cobradas nas provas são compatíveis com o que vem estudando ou se dá tempo para estudar/revisar tudo.
3ª leitura – EstratégicaDecidida a inscrição no concurso, chegou a hora de fazer a terceira e mais importante leitura do edital, aquela em que se vai extrair informações preciosas para o adequado preparo do concurseiro. Essas informações são:
- Número de questões de cada matéria;- Forma de contagem de pontos;- Matérias, tópicos e subtópicos.Estudar para concursos requer estratégia. Não adianta muita coisa estudar às cegas, sem saber exatamente o que estudar e como estudar, o que é meio como dirigir às cegas em uma rodovia movimentada, a chance de quebrar a cara é muito grande. Se o concurseiro souber quais matérias serão cobras com um bom nível de detalhamento (tópicos e subtópicos), quantas questões haverá de cada matéria, o peso de cada matéria (algumas matérias podem ter questões valendo mais que as de outras matérias) e a forma de cálculo da nota final, poderá então montar uma estratégia onde estudará somente o que será cobrado e dando mais atenção para as matérias com maior peso. Isso, sim, é dirigir na tal rodovia com os olhos bem abertos.
Resumo da ópera – Não se engane, estudar para concursos começa ao ler o edital. Se lê o edital como se deve, gastará menos tempo e terá mais certeza decidindo sobre prestar ou não um concurso e extrairá informações preciosas para orientar seus estudos. Muitos candidatos não lêem editais como manda o figurino por preguiça e/ou por os acharem complicados, e também não procuram saber como faze-lo. Não digo que editais sejam fáceis de entender e divertidos de ler, mesmo porque não foram feitos para isso. No entanto, ler o edital da forma correta é essencial para os concurseiros sérios e só o fato de haver muitos e muitos candidatos que quebram a cara em concursos públicos só porque não leram o edital como deviam é motivo suficiente para fazer a coisa direito.
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Música do dia
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Já diz o velho ditado que “o diabo mora nos detalhes”. Bem, permito-me adaptar esse ditado à realidade dos concursos públicos deixando-o assim “o diabo mora no basicão”. Não entendeu. Explico. Basicamente tudo o que precisamos aprender em...
Já escrevi sobre esse assunto em um dos artigos anteriores, mas acho que é tão importante que nunca é demais analisá-lo um pouco mais sob diferentes óticas. E olha que não esgoto o assunto por aqui. Afinal de contas, vale mais a pena se dedicar...
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